Alonso detona asfalto de Las Vegas e calendário

segunda-feira, 24 de novembro de 2025 às 8:57

Fernando Alonso

Fernando Alonso voltou a destacar várias preocupações após o dramático GP de Las Vegas de 2025.

Desde o início do fim de semana, os pilotos enfrentaram baixa aderência. Além disso, a situação piorou durante a classificação, já que a forte chuva saturou completamente o asfalto. Como consequência, os pneus não entraram na janela ideal de operação.

As temperaturas baixas da pista, aliadas às sessões realizadas tarde da noite no deserto de Nevada, dificultaram ainda mais o aquecimento. Assim, a falta de aderência ficou evidente em todas as fases do evento.

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Apesar de considerar o traçado divertido por causa da alta velocidade, Alonso afirmou que o piso está longe do padrão esperado pela Fórmula 1.

“O circuito é divertido porque é rápido, mas o tipo de asfalto não é padrão F1”, disse o espanhol à imprensa.

Além disso, ele reforçou que o asfalto escorrega demais. Segundo Alonso, isso impede qualquer piloto de colocar os pneus na temperatura correta.

Como resultado, o carro perde estabilidade e a pilotagem fica extremamente arriscada. O bicampeão chegou a afirmar que o nível de segurança está “no limite do aceitável”.

Diante disso, Alonso defendeu uma conversa clara com a FIA. Para ele, é essencial determinar se esse tipo de superfície pode continuar nos próximos anos, sobretudo porque o desgaste físico e técnico aumenta de forma significativa.

Calendário intensifica desgaste das equipes

O espanhol também criticou a posição do GP no calendário. O evento abriu uma sequência de três corridas consecutivas. Logo depois da etapa, as equipes iniciaram uma viagem de mais de 8.000 km até o Catar.

“Se eu for totalmente honesto, o lugar no calendário é complicado”, afirmou Alonso.

Ele explicou que a diferença de fuso horário, somada à longa distância em relação à Europa e ao Brasil – palco da corrida duas semanas antes – torna a logística muito desgastante. Além disso, a viagem até o Catar leva cerca de 17 horas, com grande variação de horário.

Por fim, Alonso concluiu que nenhum outro esporte aceitaria uma carga logística tão extrema. Segundo ele, a F1 precisa rever esse formato para preservar pilotos e equipes.

 

LS - www.autoracing.com.br

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