Allison não ficou muito surpreso com a saída de Hamilton

quinta-feira, 20 de junho de 2024 às 10:08

James Allison e Lewis Hamilton

James Allison, diretor técnico da Mercedes, não ficou “muito surpreso” com o fato de Lewis Hamilton ter decidido deixar a equipe, mas admitiu que o momento da decisão o pegou desprevenido.

O engenheiro britânico confirmou que, por conhecer a estrutura do contrato do heptacampeão mundial, estava ciente de que “permitia que isso acontecesse”, com Hamilton optando por cortar a extensão que assinou no ano passado e ir para a Ferrari na temporada 2025.

Como muitos acreditavam que Hamilton encerraria sua carreira na Fórmula 1 com a Mercedes, a mudança pegou o mundo do automobilismo de surpresa. Mas para Allison, não foi algo tão “imprevisível”.

“Não muito”, respondeu ele a Tom Clarkson no podcast Beyond the Grid quando questionado se ficou surpreso ao ser informado. “Fiquei surpreso pela maneira como aconteceu, mas eu estava ciente da natureza do contrato que oferecemos e ele permitia isso”.

“Portanto, não deveríamos ficar surpresos se ocorresse porque estávamos explicitamente preparados, caso contrário não teríamos colocado isso como uma opção no contrato. Então, creio que o momento preciso e a sequência de quando isso aconteceu deixaram todos um pouco surpresos, mas não acho que foi imprevisível”.

Allison, que já havia vencido campeonatos com Michael Schumacher na Ferrari e Fernando Alonso na Renault em uma sequência de sete anos de sucesso com as duas equipes no início dos anos 2000, ingressou na Mercedes em 2017.

Apesar do desempenho relativamente fraco que a equipe teve desde o início da era do efeito solo em 2022, Allison trabalhou em estreita colaboração com Hamilton enquanto o britânico se aproximava cada vez mais de igualar o recorde de sete títulos de Schumacher – que o próprio Allison tinha ajudado o alemão a alcançar.

“Os dias em que ele produzia magia total que faziam você pensar ‘meu Deus'”, disse Allison ao ser questionado do que ele mais sentirá falta em Hamilton.

“Colocar um carro na pista com tanta precisão que deixava todos os outros pilotos ao seu redor sem outra opção, a não ser se render ao que Lewis estava fazendo, a capacidade de fazer um pneu durar, mesmo enquanto dizia a Bono (Peter Bonnington, engenheiro de corrida de Hamilton) que isso não aconteceria – o drama de tê-lo como companheiro de equipe”.

“Mas é apenas a entrega de uma performance absolutamente brilhante. Eu já disse antes que acredito que ele é o melhor piloto de corrida que já existiu e ainda acredito nisso”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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