Aldo Costa explica dificuldades de Hamilton na Ferrari
quarta-feira, 19 de novembro de 2025 às 8:59
Lewis Hamilton
Aldo Costa, ex-chefe de engenharia da Mercedes, aprofundou sua visão sobre os motivos que tornaram a primeira temporada de Lewis Hamilton na Ferrari tão complicada.
Aliás, a discussão se intensificou após o presidente John Elkann pedir publicamente que o heptacampeão “falasse menos”, o que imediatamente gerou reações fortes dentro do paddock.
Logo depois da fala, Damon Hill, campeão de 1996, declarou no podcast Stay On Track que Elkann foi “pouco inteligente”. Além disso, Hill destacou que o ano da Ferrari frustrou expectativas.

As ações, por exemplo, subiram quando Hamilton confirmou sua chegada à equipe. Entretanto, elas caíram novamente conforme os resultados decepcionantes surgiram. Por isso, Hill avaliou que a crítica pública não ajudou em nada.
Em seguida, Jenson Button concordou com Hill e reforçou à Sky que Elkann deveria ter tratado tudo em particular. Afinal, como Button explicou, “John só tem dois carros no box vermelho”.
Assim, seria muito simples falar diretamente com o piloto e dizer que algo não estava correto ou que certos comportamentos não combinavam com a cultura da equipe.
Adaptação cultural e confiança interna
Costa, atualmente diretor técnico da Dallara e ex-nome importante tanto na Ferrari quanto na Mercedes, detalhou ao Formula Passion que a adaptação de Hamilton sempre seria complexa.
Isso porque o britânico trabalhou toda a carreira na Inglaterra, portanto chegou a Maranello imerso em um ambiente totalmente diferente.
“Os primeiros meses foram muito duros. Hamilton precisou se ajustar a mecânicos novos e entender uma rotina completamente distinta de tudo o que conhecia. Cada profissional tentava oferecer velocidade extra, o que exigiu ainda mais paciência do piloto”.
Costa explicou também que Hamilton só alcança seu melhor nível quando confia de forma absoluta em seu núcleo técnico.
“Ele precisa acreditar no engenheiro de corrida, no diretor técnico e no projetista-chefe. Quando esse elo funciona, o rendimento cresce. Contudo, se essa relação falha, a performance despenca”.
O impacto de Leclerc e a dinâmica interna
Além disso, Costa apontou um elemento essencial: Charles Leclerc. O monegasco está há anos na equipe, é veloz, querido e muito respeitado. Assim, a presença de um piloto tão consolidado naturalmente influencia a adaptação de qualquer recém-chegado – até mesmo de Hamilton.
Por isso, segundo Costa, a Ferrari precisa agir com cuidado. “Hamilton responde melhor quando recebe orientações sutis. Desse modo, a equipe consegue direcioná-lo sem romper a confiança que ele considera vital para recuperar competitividade”.
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