Adrian Newey revela bastidores da decisão de seguir na Fórmula 1
segunda-feira, 9 de junho de 2025 às 9:05
Adrian Newey
Adrian Newey, uma das mentes mais brilhantes da engenharia na Fórmula 1, compartilhou detalhes sobre sua decisão de continuar na categoria após encerrar um ciclo de quase 20 anos com a Red Bull.
Agora com 66 anos, o renomado projetista britânico está envolvido com a Aston Martin no desenvolvimento do carro de 2026 – ano que marca o início de uma nova era técnica na F1.
“Pedi demissão da Red Bull por uma série de razões. Naquele momento, sinceramente, não fazia ideia do que faria em seguida”, disse Newey à Sky Sports F1.
Entre férias, vela e velocidade: os caminhos considerados por Newey
Após anunciar sua saída da equipe de Milton Keynes, onde participou de 13 títulos mundiais de pilotos e construtores, Newey revelou que pensou em se afastar totalmente do esporte. Conversou com sua esposa Mandy sobre tirar férias prolongadas e até mesmo encerrar sua carreira.
“Variou de relaxar ao sol e beber margaritas até voltar ao trabalho. E, se fosse trabalhar, onde seria?” contou.
Newey chegou a considerar um projeto na America’s Cup, tradicional competição de vela na qual a Red Bull Technologies está envolvida. No entanto, ele apontou a falta de ritmo competitivo e a ausência de correções em tempo real como fatores decisivos para declinar.
“A America’s Cup é fascinante, mas não há margem para reagir. Se errar no design, não há tempo para corrigir”, explicou.
Aston Martin atrai Newey com desafio técnico e resposta rápida
A escolha pela Aston Martin foi impulsionada pela possibilidade de atuar em uma equipe em crescimento, dentro de um cenário altamente competitivo e de atualizações constantes – uma dinâmica que sempre motivou Newey.
“Na F1, mesmo que a temporada comece mal, ainda há tempo de reagir. A McLaren é um bom exemplo disso hoje”.
A familiaridade com o projeto Valkyrie e o hipercarro RB17 também reforçaram os laços com a equipe britânica. Ainda assim, ele destaca que a lentidão nas decisões dos projetos de rua não o entusiasma tanto quanto a F1.
“O que mais amo é essa combinação de homem e máquina, o esforço esportivo – o fato de que quase toda semana você está em evidência”.
Competição e feedback imediato: a motivação que mantém Newey na pista
Newey revelou que até a indústria aeroespacial foi considerada, mas que o longo ciclo de desenvolvimento desses projetos não oferecia o dinamismo que ele buscava.
“Na F1, o retorno é imediato. Em áreas como aeronáutica, pode levar 10 ou 15 anos para ver um projeto voar. Isso não funciona para mim”.
Assim, o engenheiro reafirma sua paixão pela F1, onde a pressão constante, os ajustes semanais e a busca incessante por performance ainda o desafiam e o motivam.
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