Moto GP terá grandes alterações a partir de 2013

sábado, 14 de janeiro de 2012 às 11:58

motogp phillipO diretor executivo da Dorna Sports S.L, Carmelo Ezpeleta, falou sobre as futuras regras da da Moto GP durante o Wrooom, evento em Madona di Campiglio.

O grid tem 21 motos inscritas para 2012, incluindo 12 de fábrica e nove da nova categoria CRT. No que toca a esta mistura Ezpeleta disse: “De imediato temos de fazer duas coisas: a primeira é manter o grid o mais compacto possível. Isto não quer dizer que não haverá diferenças, antes é garantir que as motos CRT fiquem o mais próximas possível das de fábrica. Em segundo lugar, trata-se de garantir que as motos de fábrica não são tecnologicamente avançadas para apresentar níveis de prestações que podem ser perigosos, com custos que não podem ser assumidos. O problema não é apenas reduzir os custos, mas antes a eventualidade de alguém investir muito dinheiro, ganhar o campeonato e depois partir e deixar-nos com nada”.

Ezpeleta diz que a comunicação está em curso com os construtores. “Temos três fabricantes – Ducati, Yamaha e Honda. Estou falando com eles e tenho ideias para tornar o campeonato mais competitivo. A base do esporte motorizado é a combinação entre divertimento e tecnologia. Em tempos de crise, se cortarmos em alguma coisa tem que ser em tecnologia, não no divertimento, fator pelo qual as televisões e os circuitos pagam. Uma vez mais, estou em conversações com os fabricantes e penso que vamos chegar a uma conclusão em maio quanto à forma como o campeonato vai ser a partir de 2013”.

O diretor executivo da Dorna acredita que pode convencer os fabricantes das vantagens que estas alterações vão trazer: “Os construtores estão conscientes da situação, até porque a crise também os está afetando. O problema é que, para eles, a prioridade tem sido sempre o desenvolvimento tecnológico. E este desenvolvimento fez com que o custo das motos se tornasse muito elevado, o que até agora tem sido oferecido em leasing. Por outro lado, esta tecnologia que fez das motos que andam na frente muito rápidas também criou um problema na competição porque são muito superiores”.

“Penso que seremos capazes de resolver estes problemas com consenso,” disse. “Se assim não for, temos ideias, como a introdução de uma ECU, ou limitação de rotações, o que pode ser lançado já em 2013, ano em que o campeonato vai ser totalmente diferente do de 2012.”

“A aplicação da unidade simples, de acordo com o construtores, seria o maior limitador do desenvolvimento tecnológico continuado. Estamos à procura da melhor forma de limitar a prestação – e com isso os custos – para garantirmos que uma equipe satélite seja capaz de obter motos a um máximo de um milhão de euros por temporada, seja através da compra, de um contrato de leasing de longo prazo, ou através das CRTs, se bem que estes custos para uma CRT me parecem excessivos”.

EB – www.autoracing.com.br

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