Leclerc explica por que a Ferrari fracassou na era do efeito solo

domingo, 21 de dezembro de 2025 às 14:30

Charles Leclerc

Charles Leclerc analisou de forma direta por que a Ferrari não conseguiu conquistar um título mundial durante a era dos carros de efeito solo na Fórmula 1.

Mesmo após um início forte em 2022, a equipe italiana enfrentou dificuldades crescentes nas temporadas seguintes. Como consequência, o período terminou com um ano inteiro sem vitórias.

Ao revisitar essa geração de carros, Leclerc explicou onde o projeto da Ferrari deixou de funcionar. Em 2022, vale lembrar, o monegasco chegou a ser rival direto de Max Verstappen na luta pelo campeonato.

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Problemas técnicos minaram o início promissor

Segundo Leclerc, não houve um único fator decisivo. Pelo contrário, vários elementos influenciaram o desempenho da equipe em momentos diferentes.

“Acho que, para nós, não existe apenas uma razão. Foram muitos fatores que, em períodos distintos, tiveram impacto”, afirmou.

No começo de 2022, a Ferrari começou competitiva. No entanto, rapidamente surgiram limitações técnicas importantes.

“No início de 2022, começamos muito fortes, mas sofremos com o quique aerodinâmico”, explicou. Enquanto isso, a Red Bull já contava com uma plataforma muito mais estável.

Além disso, a equipe austríaca lidava com outro detalhe relevante. O carro estava acima do peso mínimo no começo da temporada.

“A Red Bull estava bastante acima do peso. Assim que conseguiu reduzir isso, alcançou imediatamente o nível em que permanece desde então”, completou Leclerc.

Foco antecipado comprometeu evolução

Na temporada seguinte, a estratégia da Ferrari mudou. A equipe decidiu direcionar esforços de forma antecipada para o projeto do carro do ano seguinte.

“Já no ano passado, focamos muito cedo no carro do ano seguinte”, explicou o piloto. Segundo ele, essa escolha pode render frutos no futuro.

Ainda assim, o impacto foi claro no curto prazo. “Isso influenciou os dois terços finais da temporada, quando sofremos mais do que outras equipes”, disse.

Como resultado, a Ferrari trouxe menos atualizações do que suas rivais diretas. Consequentemente, perdeu competitividade ao longo do campeonato.

Correlação falhou e rivais evoluíram melhor

De forma mais ampla, Leclerc classificou essa geração de carros como extremamente difícil de entender. Para ele, esse foi um dos maiores desafios enfrentados pela Ferrari.

“Foi uma geração de carros muito, muito complicada de compreender”, afirmou.

Muitas soluções funcionavam bem na fábrica. No entanto, ao chegar à pista, os resultados nem sempre correspondiam às expectativas.

“O que funcionava na fábrica nem sempre correlacionava exatamente quando levávamos para a pista”, explicou. Segundo Leclerc, esse problema surpreendeu várias equipes ao longo dos anos.

Esse cenário acabou definindo o equilíbrio de forças. Enquanto a Ferrari lutava para entender o carro, algumas rivais se adaptaram melhor.

“Esse foi o grande desafio. E outras equipes fizeram um trabalho melhor, especialmente a McLaren e a Red Bull”, concluiu.

EB - www.autoracing.com.br

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