Ordem da F1 em 2026 vai depender do novo motor, diz Collins
domingo, 21 de dezembro de 2025 às 8:45A hierarquia da Fórmula 1 em 2026 dependerá, em grande parte, da eficiência do novo motor. Essa é a avaliação de Bernie Collins, ex-engenheira de estratégia da Aston Martin.
A partir do próximo ano, a categoria passará por uma ampla reformulação técnica. As mudanças afetarão tanto a unidade de potência quanto as regras aerodinâmicas.
Além disso, o regulamento marcará a primeira grande alteração nos motores turbo híbridos desde 2014. Como consequência, novos fabricantes decidiram entrar no projeto, entre eles Honda e Ford.

Novo motor traz incertezas para as equipes
As modificações nos motores serão profundas. O pacote inclui maior eletrificação e a remoção do sistema gerador de motor térmico ligado ao turbocompressor, conhecido como MGU-H.
Apesar do entusiasmo, o cenário também gera incertezas. Por isso, Collins acredita que algumas fabricantes enfrentarão mais dificuldades do que outras.
“Eu acho que o status quo entre as equipes vai mudar”, afirmou Collins à Sky Fórmula 1. “Vai ter quem acerte o motor e quem erre.”
Segundo ela, existe uma percepção clara no paddock. Muitos acreditam que as equipes equipadas com motores Mercedes sairão na frente.
Ainda assim, Collins adota cautela. “Nós não vimos esses motores lado a lado. No entanto, eles fornecem unidades para três equipes”, explicou.
Como resultado, a curva de aprendizado tende a ser mais rápida. Em contrapartida, a Honda fornecerá motor para apenas uma equipe, o que pode limitar o volume de dados disponíveis.
Cadillac estreia e deve sofrer no início
Outra grande novidade em 2026 será a entrada da Cadillac no grid. Com isso, a Fórmula 1 voltará a ter 11 equipes pela primeira vez desde 2016.
Para Collins, porém, o desafio inicial será enorme. Ela prevê um começo difícil já na etapa de abertura, na Austrália.
“Montar uma nova equipe, reunir todas as pessoas e colocar um carro no grid é extremamente complicado”, destacou.
A ex-engenheira lembrou um exemplo recente. Em 2016, quando a Haas estreou na categoria, a situação foi crítica nos primeiros dias.
“Eu lembro que, na sexta-feira de manhã, eu estava entrando no circuito enquanto o pessoal da Haas estava saindo para tomar banho e voltar ao trabalho”, contou.
Segundo Collins, aquilo mostrou o nível de pressão envolvido. Por isso, ela reforça que o desafio da Cadillac não pode ser subestimado.
Dessa forma, apenas alinhar o carro no grid em Melbourne já representará um feito relevante. “Se eles conseguirem correr na Austrália, isso já será uma vitória em muitos sentidos”, concluiu.
Com tantas variáveis técnicas e novas forças em jogo, a Fórmula 1 de 2026 promete uma mudança significativa no equilíbrio entre as equipes.
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