Vasseur explica cautela da Ferrari com atualizações em 2026
sábado, 20 de dezembro de 2025 às 10:30Fred Vasseur explicou por que a Ferrari adotará uma estratégia cuidadosa na introdução de atualizações durante a temporada 2026 da Fórmula 1. Segundo o chefe da equipe, o controle financeiro vai pesar mais do que a velocidade de desenvolvimento.
De acordo com o dirigente francês, o teto orçamentário vai ditar o ritmo das evoluções ao longo do campeonato. Por isso, a Ferrari precisará tomar decisões precisas para não comprometer o planejamento do ano inteiro.
Teto orçamentário define quando e como evoluir
Vasseur deixou claro que a Ferrari não pode se guiar apenas pela capacidade do túnel de vento. Em vez disso, o orçamento disponível vai orientar cada passo do desenvolvimento.
“Acredito que o fator determinante para introduzir atualizações não será a capacidade de desenvolvimento no túnel de vento, mas o teto orçamentário”, afirmou Vasseur na coletiva de fim de ano da Ferrari.
“Isso significa que precisamos usar o orçamento de forma inteligente e lidar com esse limite sempre que levarmos uma atualização à pista.”
Dessa forma, a equipe de Maranello terá de equilibrar desempenho e custo em todas as fases da temporada.

Atualizações em corridas longas elevam custos
Além do orçamento, Vasseur chamou atenção para os desafios logísticos das etapas fora da Europa. Segundo ele, a pressa pode gerar desperdício de recursos.
“Claro que quanto antes, melhor. Porém, o mais importante é fazer direito”, explicou. “Se você leva quatro ou cinco atualizações logo nas primeiras corridas e precisa enviar um novo assoalho para Japão ou China, você consome metade do orçamento de desenvolvimento.”
Assim, a Ferrari pretende evitar pacotes grandes em momentos pouco estratégicos. Em vez disso, a equipe vai priorizar eficiência e impacto real na pista.
Planejamento flexível vira prioridade da Ferrari
Vasseur reforçou que a Ferrari precisará ajustar o plano de desenvolvimento constantemente para respeitar o teto orçamentário.
“Precisamos ser inteligentes com o planejamento”, disse. “Em alguns momentos, vamos desenvolver mais no túnel de vento. Em outros, vamos introduzir atualizações apenas na terceira ou quarta corrida, quando o calendário voltar ao Bahrain.”
Segundo o dirigente, a equipe tomará decisões de forma contínua. Portanto, cada atualização dependerá do ganho técnico e do custo envolvido.
“Vamos analisar isso dia após dia, comparando o que o túnel de vento entrega e quanto cada desenvolvimento custa”, acrescentou.
Para exemplificar, Vasseur foi direto: “Uma atualização no flap da asa dianteira custa muito menos do que enviar um novo assoalho para a China.”
Como funciona o teto orçamentário da Fórmula 1
A Fórmula 1 introduziu o teto orçamentário em 2021, após a pandemia da Covid-19, para limitar os gastos das equipes. Na época, o limite ficou em 145 milhões de dólares.
Para 2026, a categoria ajustou o valor para 215 milhões de dólares, considerando a inflação. Mesmo assim, esse aumento não garante liberdade extra de gastos. A inflação global e as variações cambiais seguem pressionando os orçamentos.
Vasseur avalia impacto de Hamilton e projeta 2026
Recentemente, Vasseur admitiu que a Ferrari subestimou o impacto da chegada de Lewis Hamilton à equipe. Segundo ele, as mudanças enfrentadas pelo heptacampeão influenciaram diretamente sua temporada de estreia abaixo do esperado.
Ainda assim, o chefe da Ferrari mostrou confiança no futuro. Para Vasseur, Hamilton chegará mais competitivo em 2026, especialmente se a equipe executar o plano técnico com precisão e disciplina financeira.
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