Wolff admite frustração com 2025 da Mercedes na Fórmula 1
sábado, 20 de dezembro de 2025 às 10:00Toto Wolff vive um sentimento dividido ao analisar a temporada 2025 da Mercedes na Fórmula 1. Embora a equipe tenha terminado como vice-campeã no Mundial de construtores, o dirigente admite que o desempenho ficou aquém do esperado.
Segundo o chefe da equipe de Brackley, o resultado final não reflete os objetivos traçados no início do campeonato. Por isso, mesmo com números positivos, a frustração prevalece.
Vice-campeonato não mascara desempenho abaixo do alvo
A Mercedes encerrou o ano em segundo lugar no campeonato de construtores. George Russell conquistou nove pódios ao longo da temporada, incluindo duas vitórias. Além disso, o estreante Kimi Antonelli contribuiu com mais três chegadas entre os três primeiros.
Ainda assim, Wolff deixou claro que isso não foi suficiente. A equipe não conseguiu brigar de forma consistente por nenhum dos títulos em disputa.
Enquanto isso, a McLaren, cliente da Mercedes, dominou completamente o campeonato. A chamada equipe papaia garantiu o título ainda no Grande Prêmio de Singapura, com seis etapas de antecedência e uma vantagem confortável de 364 pontos.
Apesar do salto da quarta posição em 2024 para o segundo lugar em 2025, a Mercedes somou apenas um ponto a mais no total. Esse avanço aconteceu, em parte, pela queda de rendimento da Ferrari e do lado da garagem da Red Bull que não contou com Max Verstappen.

Wolff reconhece dor do momento
Ao refletir sobre o último ano da atual era do efeito solo, Wolff explicou seu conflito interno durante a avaliação da temporada.
“Estou um pouco dividido”, afirmou o austríaco, de 53 anos, na análise de fim de temporada da equipe. “Daqui a dez anos, você olha as estatísticas e vê vice-campeão, segundo lugar.”
No entanto, a realidade pesa mais no presente. “A verdade é que não atingimos nossos objetivos. Queremos vencer, queremos ganhar corridas, queremos disputar um campeonato mundial e, com sorte, ganhar. E não fizemos isso”, completou.
Por isso, Wolff foi direto ao resumir o sentimento atual: “Essa é a dor do momento. Simplesmente não foi bom o bastante”.
Nova era técnica traz otimismo para a Mercedes
A partir de 2026, a Fórmula 1 passará por uma mudança profunda nos regulamentos. As regras de chassi serão completamente reformuladas, alterando de forma significativa a aerodinâmica dos carros.
Nos últimos quatro anos, a Mercedes enfrentou dificuldades para encontrar o equilíbrio ideal entre a aerodinâmica convencional e o efeito solo gerado pelo assoalho. Ainda assim, essa experiência pode se transformar em um trunfo na próxima era.
Além disso, a categoria também mudará as regras das unidades de potência pela primeira vez desde 2014. Naquele período, a Mercedes saiu na frente e dominou o campeonato, conquistando oito títulos consecutivos de construtores antes da mudança de regulamento em 2022.
Mesmo diante das especulações de que a equipe está bem posicionada para repetir o sucesso, Wolff preferiu destacar o ciclo vitorioso anterior.
“Tivemos um período extremamente bem-sucedido”, relembrou. “Ganhamos oito campeonatos, mas depois enfrentamos anos difíceis.”
Futuro híbrido empolga Wolff
Com o aumento significativo da parte elétrica das unidades de potência — passando de cerca de 20% para uma divisão próxima de 50% com o motor a combustão — Wolff vê um futuro empolgante para a Fórmula 1.
“Agora estamos começando a verdadeira era híbrida”, explicou. “Vamos pilotar carros com 50% de energia elétrica, usando combustível sustentável. Isso adiciona mais um nível de inovação.”
Por fim, o dirigente revelou entusiasmo após acompanhar o novo projeto no simulador.
“Acabei de sair do simulador vendo o carro andar. Vai ser algo fascinante.”
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