Alonso ainda não definiu futuro após 2026, diz de la Rosa

Fernando Alonso

Pedro de la Rosa revelou que nem mesmo Fernando Alonso tem clareza sobre até quando seguirá na Fórmula 1 depois da introdução do novo regulamento técnico em 2026.

Os dois espanhóis são amigos de longa data. Além disso, hoje trabalham juntos na Aston Martin, onde de la Rosa exerce a função de embaixador da marca.

Por isso, o ex-piloto tem convivência direta com Alonso e acompanha de perto sua rotina. Em entrevista à rádio Cadena SER, ele explicou que qualquer decisão dependerá exclusivamente do próprio piloto.

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Futuro segue indefinido após 2026

Segundo de la Rosa, não existe um planejamento fechado. Pelo contrário, tudo é avaliado corrida a corrida. “Aprendi com Fernando a valorizar o talento dele e a trabalhar prova por prova”, afirmou inicialmente.

Na sequência, foi direto. “Eu não sei – e acredito que ele também não saiba”. Dessa forma, o espanhol deixou claro que não há prazo ou meta estabelecida para uma possível aposentadoria.

Para ele, trata-se de uma escolha estritamente pessoal. “É algo muito íntimo. Quando Fernando sentir que está perdendo rendimento ou energia, ele mesmo será o primeiro a levantar a mão”, explicou. No entanto, até agora, isso não aconteceu.

Performance segue em nível altíssimo

Apesar da idade avançada no contexto da F1, de la Rosa garantiu que não percebeu qualquer sinal de declínio ao longo da temporada.

“Posso assegurar que não vi nenhuma queda de performance, nem mínima, em nenhuma corrida deste ano”, afirmou. Por isso, reforçou: “Precisamos aproveitar enquanto ainda podemos vê-lo pilotar”.

Em seguida, destacou a condição física e mental do bicampeão. “O corpo humano tem limites. Ainda assim, não vi Fernando chegar a eles”, disse. “Ele ainda tem um entusiasmo e uma força enormes, e isso é o mais importante”.

Aston Martin precisa reagir rapidamente

Mesmo assim, de la Rosa reconheceu que o tempo não joga a favor de Alonso. Portanto, a Aston Martin precisa entregar resultados mais rápidos. “Também é verdade que precisamos dar a ele um carro melhor. Esse é o objetivo”, explicou.

Logo depois, reforçou o senso de urgência. “A idade é o que é, e não podemos esperar mais”. Assim, a equipe precisa acelerar seu desenvolvimento para aproveitar ao máximo os próximos anos do piloto.

Pergunta direta e resposta imediata

Essa urgência ficou evidente após o GP de Abu Dhabi, que encerrou a temporada. Logo depois da corrida, de la Rosa abordou Alonso de forma espontânea, enquanto ele ainda deixava o carro.

Então veio a provocação: “Se você consegue terminar em sexto com isso aqui, o que faria com um carro normal?” Sem hesitar, Alonso respondeu: “Terminaria em primeiro”.

Momento espontâneo e revelador

Ao relembrar o episódio, de la Rosa fez questão de frisar que nada foi combinado. “Na verdade, a entrevista nem estava planejada. Eu nem sabia o que iria perguntar”, explicou.

Ele descreveu o contexto logo em seguida. “Fernando tinha acabado de sair do carro, estava suando e já com a bolsa de gelo. A pergunta simplesmente saiu de dentro de mim”, contou.

Do mesmo modo, a resposta veio de forma natural. “A reação dele veio ainda mais forte. Foi algo poderoso”.

Por fim, de la Rosa concluiu que a mensagem foi clara. “Foi ali que Fernando deixou tudo muito bem definido”, disse. “As ambições dele estão evidentes”.