Wolff explica fala sobre carros a 400 km/h em 2026

Toto Wolff

Toto Wolff voltou a comentar os motores de 2026 e a polêmica declaração sobre a possibilidade de carros da Fórmula 1 atingirem 400 km/h na próxima geração do regulamento técnico.

No início da temporada, ao falar sobre os novos carros, o chefe da equipe Mercedes afirmou que, caso toda a energia fosse usada em uma única reta, os modelos de 2026 poderiam alcançar essa velocidade. A fala gerou debate imediato no paddock e levou a Federação Internacional de Automobilismo a se posicionar.

FIA reage e tenta acalmar o paddock

Após a repercussão, o diretor de monopostos da Federação Internacional de Automobilismo, Nikolas Tombazis, tratou de reforçar que a categoria não verá carros atingindo 400 km/h nas corridas.

A declaração de Wolff, no entanto, tinha outro objetivo. Participando do podcast Beyond the Grid, ao lado de Hywel Thomas, diretor-geral da Mercedes-AMG High Performance Powertrains, o austríaco explicou o contexto de sua fala.

“Eu senti que precisávamos dar um impulso de marketing para esse motor, porque muita gente estava diminuindo o valor dele, apesar de ser um equipamento incrível”, explicou Wolff.

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Uso total de energia seria insustentável

Wolff também destacou que o cenário citado era puramente teórico. Segundo ele, usar toda a energia em uma única reta comprometeria o desempenho logo na sequência.

“Se a Federação Internacional de Automobilismo ficou um pouco preocupada com homologação e zonas de segurança, é porque, colocando tudo junto, poderíamos chegar a 400 km/h ou até mais”, afirmou. “Porém, você ficaria sem energia na reta seguinte e não seria rápido o suficiente.”

Hywel Thomas também comentou as comparações entre as atuais unidades de potência e os motores de 2026. De acordo com ele, a intenção sempre foi manter números semelhantes de potência máxima.

“O objetivo era que a potência máxima fosse, de forma aproximada, a mesma”, disse Thomas. “Não fiz uma comparação direta, mas no início da reta os valores são muito parecidos.”

Wolff vê Verstappen em vantagem para 2026

Em meio às incertezas sobre o regulamento de 2026, Wolff acredita que um piloto específico já sai na frente. Para o chefe da Mercedes, competidores acostumados a um trabalho intenso em simuladores terão clara vantagem.

Nesse contexto, Max Verstappen se encaixa perfeitamente no perfil do piloto moderno. O tetracampeão acumula anos de experiência no automobilismo virtual com a equipe Team Redline, participando de diversas categorias.

Além disso, Verstappen competiu neste ano em duas provas no Nürburgring com carros das classes GT4 e GT3. Essa versatilidade, segundo Wolff, reflete exatamente o tipo de adaptação que os carros da Fórmula 1 de 2026 vão exigir.