Schumacher: Problemas de Hamilton “não têm mais solução”

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025 às 9:09

Lewis Hamilton

A Ferrari atravessa um dos seus momentos mais caóticos dos últimos anos e viveu um fim de semana que entrou para a lista dos piores da era moderna.

Como resultado, a mídia italiana intensificou as críticas, enquanto rivais do paddock também aproveitaram para pressionar ainda mais a equipe.

Além disso, Lewis Hamilton e Charles Leclerc sofreram com um carro que, em vários momentos, parecia próximo ao fim do grid, o que ampliou a sensação de colapso interno.

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Vasseur tenta explicar, mas dúvidas aumentam

Frederic Vasseur afirmou que tudo começou com um salto inesperado na pressão dos pneus, exigido pela Pirelli. Segundo ele, isso alterou aspectos fundamentais da pilotagem.

“Todas as equipes enfrentaram o problema de pressão”, afirmou. “Rodamos com seis pontos acima do habitual e isso determinou o comportamento do carro. Porém, em Abu Dhabi voltamos às condições normais. Por isso, podemos esperar algo melhor”.

Mesmo assim, a justificativa pareceu modesta demais. Afinal, cresceu a percepção de que a crise é estrutural. A Ferrari interrompeu cedo demais o desenvolvimento de 2025, o moral caiu de forma acelerada e Hamilton encara possivelmente o pior momento de sua carreira.

Vasseur admitiu que o impacto psicológico também aumentou muito. “Contudo, amanhã voltamos ao trabalho”, disse. “No entanto, 90% do nosso foco já está no próximo ano. Precisamos nos preparar para o potencial de 2026”.

A imprensa italiana, por outro lado, foi impiedosa. O Corriere della Sera estampou: “Ferrari é um desastre – 0”.

Hamilton chega ao limite emocional

Hamilton, que até evitou fotógrafos no paddock, revelou que quer fugir assim que Abu Dhabi terminar. “Quero estar em uma praia ou surfando. Preciso recuperar minha energia. Além disso, não consigo mais dormir”.

O piloto também responsabilizou o ambiente externo. “A negatividade da mídia afeta todos. Eles voltam para casa e as esposas dizem: ‘Veja o que estão dizendo das pessoas com quem você trabalha’. Isso pesa muito”.

Vasseur, entretanto, assumiu o risco da mudança de foco para o carro do próximo ano. “É um lance para o futuro. Esperávamos mais em 2025, mas tivemos dificuldades técnicas desde os testes no Bahrain”.

Ele ainda defendeu Hamilton diante das especulações sobre aposentadoria. “Psicologicamente, estamos menos focados em 2025 porque já pensamos no futuro. Porém, o ano que vem será outro campeonato. A partir dos testes, os pilotos terão de nos guiar”.

Leclerc pede sinceridade total

Leclerc destacou que a Ferrari precisa ser honesta, apesar de o presidente John Elkann ter pedido recentemente para que os pilotos “falem menos”.

“No início do ano eu acreditava que tínhamos feito um bom trabalho, mas isso não bastou”, disse. “Sacrificamos dois terços da temporada pelo carro do próximo ano”.

“Contudo, é chocante ficar tão distante dos rivais. Sinto pelos fãs. Nosso momento vai chegar, eu acredito nisso, mas este fim de semana foi inaceitável”.

Pressão externa segue aumentando

Hamilton avaliou sua primeira temporada com a Ferrari de forma direta e dura. “Há muitas coisas que precisam mudar. Temos de manter o que funcionou e alterar o que não deu certo”.

Ralf Schumacher, por sua vez, foi ainda mais crítico. “Lewis não conseguiu se integrar à equipe”, disse à Sky Deutschland.

“Ele não se adapta ao carro. Além disso, está preso ao passado, algo normal para pilotos mais velhos. Minha previsão? Difícil e talvez sem solução. Bearman deveria ter a chance no próximo ano”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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