FIA diz que teto de custos dos motores resolve dúvida da McLaren

sábado, 22 de novembro de 2025 às 15:00

Max Verstappen

A polêmica do motor extra de Verstappen no Brasil

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) assegura que a confusão levantada pela McLaren sobre o novo motor de Max Verstappen no Grande Prêmio do Brasil não existirá mais. Isso acontecerá quando o novo teto de gastos (cost cap) da unidade de potência (Power Unit – PU) entrar em vigor em 2026.

A Red Bull instalou uma unidade de potência novíssima no carro de Verstappen em Interlagos. Muitos entenderam o movimento como uma escolha puramente de performance. Por causa disso, a McLaren questionou, de forma discreta, se tal mudança deveria ou não contar dentro dos regulamentos financeiros.

A falha do regulamento atual e a disparidade

Atualmente, o regulamento não possui teto de gastos para a unidade de potência. Isso significa que uma equipe de fábrica pode absorver o custo de um motor adicional. Por outro lado, uma equipe cliente precisa pagar por cada motor novo.

Essa disparidade provocou a preocupação da McLaren. Em Las Vegas, Nikolas Tombazis, Diretor de Monopostos da FIA, admitiu que o quadro atual tem falhas.

“Achamos que é uma fraqueza no regulamento atual,” disse Tombazis. “Não queremos entrar em discussões com as equipes sobre se uma troca de motor é por confiabilidade ou estratégica. Nessa zona cinzenta, simplesmente não temos o conhecimento técnico para julgar.”

Por causa dessa dificuldade, a FIA aceitou essas trocas de motor sem fiscalizar seu impacto financeiro. Por isso, a manobra da Red Bull em Interlagos foi permitida sem questionamentos.

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O teto de gastos de 2026 como dissuasor natural

Tombazis afirma que essa brecha se fechará em breve. Com a chegada do teto de gastos da unidade de potência em 2026, o problema estará resolvido.

Os fabricantes jamais acharão conveniente fazer uma troca estratégica, porque cada vez isso custará a eles o preço aproximado de um motor. O valor se tornará um dissuasor natural. Assim, este assunto deixará de ser um tópico de discussão.

O engenheiro-chefe da Red Bull, Paul Monaghan, rejeitou em Vegas as sugestões de que a troca em Interlagos foi imprópria. “O que fizemos está correto,” afirmou ele. Outras já o fizeram sob o atual regulamento de motores.

Sobre se a mudança deveria contar no teto de gastos, Monaghan acrescentou: “Não sou um especialista financeiro. Contudo, acredito que não haverá penalidade para a nossa equipe. Essa é apenas a minha compreensão.”

O diretor técnico da McLaren, Neil Houldey, por outro lado, enfatizou que a frustração da equipe reside na desigualdade estrutural. “Não temos um parceiro disposto a nos dar motores de graça,” disse ele. As equipes de fábrica podem se aproveitar disso. A McLaren está em uma posição diferente. As equipes de fábrica sempre tiveram uma vantagem na área do motor. Houldey não acredita que isso vá mudar. Financeiramente, porém, o próximo ano será mais fácil.

EB - www.autoracing.com.br

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