Sainz: Punição de Piastri no Brasil foi “inaceitável”
quinta-feira, 20 de novembro de 2025 às 10:14
Piastri, Antonelli e Leclerc batem no S do Senna
Carlos Sainz afirmou que a onda recente de punições controversas na Fórmula 1 chegou a um ponto “crítico”. Além disso, ele confirmou que a GPDA se reunirá com a FIA no próximo fim de semana no Catar justamente para tratar diretamente de todos esses incidentes.
Ao chegar a Las Vegas, o espanhol – que é diretor da associação – destacou que a penalização de 10 segundos aplicada a Oscar Piastri no Brasil será um dos assuntos centrais.
“Para mim, o fato de Oscar ter sido punido no Brasil é inaceitável”, declarou Sainz à imprensa espanhola. “Quem acompanha corrida entende que não foi culpa dele. Além disso, qualquer piloto sabe que ele não podia evitar o acidente. Mesmo assim, recebeu 10 segundos”.

Problema é amplo e se repete ao longo da temporada
Sainz ressaltou que a confusão não se limita a Interlagos. Pelo contrário, ela se espalha por toda a temporada, portanto torna a situação ainda mais grave.
“Não entendi minha punição em Zandvoort. Também não entendi a de Bearman em Monza. Além disso, ainda acho incompreensível a penalização que recebi em Austin. Não foi um caso isolado. Foram vários incidentes, todos muito distantes do que este esporte deveria representar”.
Segundo ele, o problema está no próprio uso das diretrizes. Elas estariam sendo aplicadas de forma excessivamente rígida. O piloto da Williams argumentou que, na situação atual, “sempre haverá alguém culpado, mesmo quando o incidente é claramente de corrida”.
Dessa forma, Sainz concluiu: “Há algo que não está funcionando”.
Tratamento dos travamentos de roda amplia a tensão
O espanhol também apontou outro ponto sensível: a forma como os comissários avaliam travamentos de roda.
“Quando há uma travada, eles interpretam como perda de controle. Porém, isso não corresponde ao que realmente acontece. Você pode travar e ainda fazer a curva”, explicou.
Ele citou dois casos recentes para reforçar sua análise. Primeiro, o de Piastri no Brasil. Depois, o seu próprio lance em Austin. Em ambas as situações, segundo Sainz, a interpretação foi equivocada. “Isso precisa ser revisto”.
Sainz reforça proposta de comissários permanentes
Por fim, Sainz voltou a defender uma solução que considera essencial: a criação de um painel fixo de comissários. Ele já havia sugerido essa mudança e agora a repetiu com ainda mais convicção.
“Se tivéssemos três comissários permanentes, com decisões consistentes e experiência acumulada, todos nos entenderíamos melhor. Com comissários que conhecem corrida de verdade, não precisaríamos de diretrizes tão preto no branco”.
Para encerrar, ele destacou a relevância da reunião no Catar: “Depois do que aconteceu no Brasil, algo claramente não está funcionando”.
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