Jones descarta favorecimento da McLaren a Norris

segunda-feira, 17 de novembro de 2025 às 10:19

Alan Jones

Alan Jones se recusou a aderir às teorias – cada vez mais frequentes entre torcedores australianos – de que a McLaren favorece Lando Norris em relação a Oscar Piastri.

Embora muitos apontem vantagem interna para o britânico, o campeão mundial de 1980 foi direto ao ponto: não há qualquer evidência disso.

Piastri chega ao GP de Las Vegas 24 pontos atrás de Norris. Esse cenário surgiu após uma virada de 58 pontos nas últimas seis corridas.

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Desde então, surgiram especulações sobre queda de performance, ainda que Piastri tenha vencido na Holanda e Norris tenha abandonado aquela prova.

Mesmo assim, críticos passaram a sugerir que a McLaren teria priorizado o britânico. Além disso, acidentes em Baku também alimentaram essa narrativa.

Jones, no entanto, tratou o assunto com firmeza no podcast Summer Grandstand da ABC. “É a maior besteira de todos os tempos”, afirmou. “Todo ano aparece essa porcaria, sem exceção”.

Comparações com histórias antigas

Segundo Jones, o discurso não é novo. “Sempre há alguém dizendo isso. Já foi Webber contra Vettel, e antes disso foi outro piloto. A história se repete: ‘Ele tem um carro melhor’, ‘ele recebe tratamento especial’. É papo furado”.

Além disso, ele lembrou que o orçamento envolvido simplesmente inviabiliza qualquer narrativa de sabotagem.

“As equipes gastam fortunas viajando pelo mundo. Portanto, não faz sentido imaginar que sabotariam um piloto para favorecer outro. Ambos recebem o mesmo tratamento. Posso garantir isso”.

Jones ainda destacou sua relação com Zak Brown. “Conheço Zak Brown, e ele é um verdadeiro apaixonado pelo esporte. Assim, ele jamais trataria seus pilotos de forma desigual”.

Mídia, torcedores casuais e exageros

Em seguida, Jones foi questionado se essa teoria vinha da mídia australiana ou de fãs casuais. Ele respondeu que se trata apenas de natureza humana. “Se fosse tênis, estariam dizendo que deram a raquete errada ao jogador. É ridículo”, reforçou.

Além disso, ele criticou os chamados “especialistas ocasionais”. “Esses surgem do nada para opinar sobre tudo. Metade deles não sabe distinguir a frente da traseira de um carro”.

Jones insistiu que se trata apenas dos altos e baixos naturais da Fórmula 1. “As coisas mudam rápido. Norris pode abandonar no domingo. Piastri pode vencer e assim recuperar a vantagem”.

Argumento comercial? Jones não compra

Por fim, ele rechaçou outra teoria: a de que seria mais interessante para a McLaren ter um campeão britânico. “Isso não acontece. Pelo menos não dentro da equipe”.

Jones citou seu período na Williams para reforçar o ponto. “Tive Carlos Reutemann, argentino, como companheiro. Diziam que eu recebia um carro melhor, ou que ele era deixado de lado. Como os argentinos são mais passionais, isso cresceu ainda mais”.

No entanto, segundo Jones, tudo isso era exagero. E da mesma forma, é exagero agora. A conclusão é direta: favoritismo? Não existe. A McLaren trata Norris e Piastri com absoluta igualdade – e a disputa permanece viva.

 

LS - www.autoracing.com.br

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