Hamilton define ano na Ferrari como “pesadelo”

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton descreveu sua primeira temporada com a Ferrari como “um pesadelo”, principalmente após mais um fim de semana arruinado no Grande Prêmio de São Paulo.

Dessa vez, o britânico viveu três dias de pura frustração em Interlagos. Ele foi punido novamente, lutou contra um carro desequilibrado e por fim abandonou a corrida depois de danificar o SF-25 enquanto andava nas últimas posições.

Além disso, o drama da equipe italiana aumentou, pois Charles Leclerc também não terminou a prova. Assim, a Ferrari deixou o Brasil sem pontos e consequentemente caiu para o quarto lugar no mundial de construtores.

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Desabafo amargo após mais um abandono

Durante a corrida, Hamilton soou desesperado pelo rádio: “Cara, vou bater aqui. O carro está completamente instável”.

Pouco depois, ele parou e saiu visivelmente abatido. “Isto é um pesadelo – e venho vivendo isso há um bom tempo”, afirmou.

Em seguida, o heptacampeão abriu o coração sobre o contraste entre expectativa e realidade.

“É difícil lidar com a diferença entre o sonho de pilotar para esta equipe incrível e o pesadelo dos resultados que temos obtido. É muito desafiador”.

Mesmo assim, ele tentou encerrar o fim de semana com uma mensagem positiva.

“Tem sido desastroso e decepcionante para todos, mas sigo tentando manter a cabeça erguida e o foco. Ainda acredito que algo extraordinário está à minha frente. Também sigo acreditando nesta equipe e no que podemos conquistar juntos”.

Temporada sem pódios e com tensão crescente

Até agora, Hamilton não subiu ao pódio nas 21 corridas disputadas pela Ferrari. Por causa disso, sua frustração vem aumentando a cada etapa. Além disso, nas últimas semanas, ele passou a criticar com mais frequência a FIA.

Durante o fim de semana em Interlagos, o britânico chegou a classificar as decisões dos comissários como uma “piada completa” após ser chamado para explicar uma possível infração por ignorar bandeiras amarelas.

Vasseur sai em defesa do heptacampeão

Mesmo diante da pressão, Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, decidiu defender o piloto.

“O pelotão está incrivelmente apertado”, afirmou. “Falamos de poucos décimos entre o primeiro e o 16º. Portanto, qualquer erro ou um pouco de tráfego já basta para ficar fora do Q1 ou Q2. É preciso encaixar tudo perfeitamente”.

Embora a temporada esteja longe do ideal, Hamilton insiste em não desistir.

“Perdemos muitos pontos”, reconheceu. “Não sei o quanto caímos, mas vamos continuar tentando. Ainda há corridas e oportunidades pela frente”.