Mercedes prevê menos quicadas nos carros de 2026

sábado, 8 de novembro de 2025 às 9:45

Andrew Shovlin – Mercedes

O diretor de engenharia de pista da Mercedes, Andrew Shovlin, acredita que os carros da Fórmula 1 de 2026 não sofrerão com o porpoising que marcou o início da atual era. Ainda assim, ele avisa que as equipes precisam manter atenção para evitar novos efeitos colaterais.

Novo assoalho promete estabilidade e controle

O novo regulamento aerodinâmico trará um assoalho mais parecido com o usado antes de 2022. O desenho quase plano entre a dianteira e o difusor vai gerar um fluxo de ar mais limpo, reduzindo as oscilações verticais.

No início do atual ciclo técnico, as equipes enfrentaram dificuldade para entender as quicadas. O fenômeno surgiu quando os vórtices sob o carro se desfaziam sob alta carga, fazendo o monoposto subir e descer rapidamente — um movimento que prejudicava desempenho e conforto.

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Engenheiros mais preparados para lidar com desafios

Shovlin acredita que, mesmo que problemas semelhantes apareçam, a Mercedes e as outras equipes estão mais bem preparadas. A experiência acumulada e as ferramentas de simulação permitem lidar melhor com qualquer instabilidade.

“Sempre existem armadilhas, e algumas equipes vão se decepcionar com o próprio trabalho. Nenhum regulamento novo é simples”, afirmou.

Ele reforçou que os novos carros se aproximam da geração anterior, o que deve eliminar as quicadas vistas em 2022.

“Mesmo que algo parecido volte a acontecer, hoje entendemos muito mais sobre aerodinâmica. Estamos prontos para reagir rápido”, completou.

Shovlin destacou ainda que o comportamento real dos carros só ficará claro na pista.

“Podemos prever muita coisa nos simuladores, mas só o asfalto mostra a verdade”, disse.

Gestão de energia deve mudar o jogo em 2026

O engenheiro também comentou as palavras de George Russell, que acredita em novas oportunidades de ultrapassagem com o sistema híbrido de 2026.

De acordo com Shovlin, a gestão de energia elétrica será decisiva. Os pilotos precisarão equilibrar gasto e recuperação para não ficarem vulneráveis após usar toda a carga logo no início da volta.

“Haverá escassez de energia. Cada piloto vai precisar colher o máximo e planejar onde usar. Isso cria oportunidades estratégicas”, explicou.

Ele concluiu:

“Alguns vão ultrapassar cedo, mas podem ser retomados depois se gastarem tudo antes da hora. Essa será a nova dinâmica da Fórmula 1.”

EB - www.autoracing.com.br

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