Villeneuve: Piastri se acomodou após dificuldades de Norris
segunda-feira, 3 de novembro de 2025 às 9:25
Oscar Piastri
Jacques Villeneuve acredita que Oscar Piastri perdeu intensidade no momento em que mais precisava manter o foco.
O campeão mundial de 1997 observou que o australiano da McLaren relaxou após liderar o campeonato por 15 rodadas consecutivas, permitindo que Lando Norris reagisse e virasse o jogo.
Segundo Villeneuve, o comportamento de Piastri reflete um padrão comum no esporte. Ele afirmou que frequentemente atletas dominantes acabam baixando a guarda quando a pressão interna diminui – e isso pode custar caro.

Piastri viu vantagem evaporar após sequência ruim
Durante boa parte da temporada, Piastri parecia inabalável. Ele chegou a abrir 34 pontos de vantagem sobre Norris e 104 sobre Max Verstappen após sua vitória no GP da Holanda. No entanto, nas etapas seguintes, o cenário mudou rapidamente.
Com quatro corridas seguidas fora do pódio, o australiano viu Norris tomar a liderança por apenas um ponto, enquanto Verstappen reduziu a diferença para 35. Assim, uma vantagem confortável se transformou em uma disputa aberta.
“Quando só se luta contra o companheiro, é fácil relaxar”, diz Villeneuve
No podcast Sky Sports F1 Show, Villeneuve explicou que a queda de rendimento de Piastri não se deve apenas à performance de Norris, mas também ao aspecto psicológico.
“Em todo esporte, isso acontece. Há equipes que dominam o início da temporada, mas desabam nas finais. Outras crescem justamente na hora certa. Piastri pode ter se acomodado quando só precisava lidar com Norris”.
Villeneuve acrescentou que o britânico elevou o nível de pilotagem, enquanto Piastri permaneceu no mesmo patamar.
“Lando claramente deu um passo à frente. Já Piastri pareceu atingir o limite. Quando você tenta extrair dois décimos a mais, tudo parece errado. O carro deixa de parecer perfeito e o piloto começa a duvidar de si mesmo”.
Pressão mental e o risco de perder o caminho
Conforme Villeneuve, esse tipo de oscilação mental costuma desencadear um efeito dominó.
“Você tenta compensar, inventa acertos que não fazem sentido e muda o estilo de pilotagem. A partir daí, tudo desanda. Quando o companheiro melhora, o piloto começa a correr atrás de fantasmas”.
O canadense ainda destacou que, nessa fase, a confiança faz toda a diferença.
“É preciso lembrar o que funcionava antes e apenas ajustar o necessário. Se tentar reinventar demais, o piloto se perde. E foi exatamente isso que parece ter acontecido com Piastri”.
Piastri admite mudanças na pilotagem no GP da Cidade do México
Curiosamente, o próprio Piastri reconheceu que testou novos estilos de pilotagem durante o GP do México. Embora buscasse soluções, ele admitiu que as mudanças não surtiram o efeito esperado.
“Experimentamos várias coisas diferentes”, revelou. “Mas passei boa parte da corrida preso atrás de outros carros, então foi difícil avaliar se as alterações realmente funcionaram”.
Apesar do resultado discreto, Piastri garantiu que continua confiante. A McLaren, por sua vez, acredita que o australiano ainda tem margem para reagir nas últimas provas do campeonato.
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