Russell detalha novo contrato e fala sobre Verstappen

Max Verstappen e George Russell

George Russell finalmente revelou os bastidores do seu novo contrato com a Mercedes. O britânico explicou as cláusulas do acordo e até mencionou o cenário em que poderia dividir a garagem com Max Verstappen.

O piloto de 27 anos assinou recentemente a renovação com a equipe alemã. No entanto, por semanas, surgiram dúvidas sobre a duração e a estrutura do vínculo.

Alguns acreditavam que seria apenas uma extensão de um ano. Outros, por sua vez, falavam em um acordo mais longo com cláusulas de performance.

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Contrato curto, mas com cláusulas estratégicas

Russell esclareceu tudo. Segundo ele, o contrato vale inicialmente por um ano, mas pode ser renovado automaticamente para 2027 – desde que ele alcance metas específicas de desempenho.

“É algo que eu ainda não tinha dito publicamente”, contou Russell ao The Telegraph. “Se eu atingir um certo objetivo no próximo ano, a renovação acontece automaticamente. Meu assento para 2027 depende apenas de mim”.

O britânico garantiu que não se sente pressionado ou “pendurado” pela Mercedes.

“Não estamos na mesma situação de seis meses atrás. Se eu entregar resultados, continuarei”.

Além disso, fontes do paddock indicam que Russell aceitou um contrato mais curto em troca de benefícios consideráveis. Entre eles, um aumento salarial expressivo e mais liberdade para decidir sobre seus compromissos fora das pistas.

“Tudo acontece por um motivo”, afirmou. “Eu queria assinar ainda em outubro de 2024. No entanto, o acordo que consegui agora é muito melhor. Às vezes, é preciso confiar em si mesmo. E eu sinto que estou mais forte do que nunca”.

Verstappen no horizonte: rivalidade ou parceria?

No paddock, muitos acreditam que, caso Verstappen realmente se junte à Mercedes em 2027 – algo ligado à vantagem esperada do novo motor – Russell poderia perder espaço.

Por outro lado, há quem veja um cenário diferente: uma dupla Russell-Verstappen poderia ser uma das mais fortes da Fórmula 1 moderna, superando até mesmo uma possível parceria entre Verstappen e Kimi Antonelli.

Quando questionado sobre o tema, Russell respondeu de forma tranquila.

“Está tudo bem entre nós. Cumprimentamos um ao outro, mas não conversamos muito. Não perco o sono com isso e ele também não. Isso não me incomoda nem um pouco”.

O piloto ainda fez questão de relembrar exemplos do passado.

“Senna e Prost não eram amigos, mas terminaram várias vezes em primeiro e segundo. Lewis (Hamilton) e Nico (Rosberg) também. Claro, Lewis e Fernando (Alonso) foram exceção – mas Lewis deveria ter vencido aquele ano”.

“Max é um piloto incrível, sem dúvida, e é exatamente por isso que eu adoraria enfrentá-lo. Todos nós acreditamos que somos os melhores”.

Ao ser perguntado se Verstappen teria o mesmo desejo, Russell respondeu com um sorriso: “Não vejo por que não”.

“No entanto, seria uma situação de risco para ele. Assim como foi quando eu era companheiro de Lewis: se ele me vencesse, era o esperado; mas se perdesse, seria um grande problema. O mesmo acontece comigo e Kimi agora. Enfim, estamos nos adiantando demais”.

Mercedes mira alto para a era dos novos motores

Por fim, Russell comentou sobre o otimismo da Mercedes em relação à nova geração de motores da F1, que estreia em 2026.

“Não é apenas conversa de marketing”, garantiu. “Acho que talvez só o pessoal da McLaren não trocaria de lugar comigo neste momento”.