Krack rebate pessimismo de Alonso sobre fase da Aston Martin
terça-feira, 21 de outubro de 2025 às 9:30
Fernando Alonso
Mike Krack, atual diretor de operações de pista da Aston Martin, buscou conter o tom cada vez mais pessimista de Fernando Alonso sobre a performance da equipe.
De acordo com ele, apesar dos resultados recentes, a situação “não é tão ruim quanto parece”.
Após marcar apenas um ponto com o 10º lugar em Austin, Alonso descreveu o AMR25 como “o nono carro mais rápido” do grid.

Segundo o espanhol, a Aston Martin estaria “em terra de ninguém”, distante tanto dos líderes quanto do pelotão intermediário.
“Os quatro primeiros estão em outro nível. A Williams está no meio. A Haas foi mais rápida, a Sauber nem imagino e a Racing Bulls ficou atrás a corrida inteira, mas com margem”, afirmou o bicampeão.
“Só a Alpine está atrás. Então, com o nono carro, marcamos um ponto. Estou feliz com isso”.
Ainda assim, Alonso tentou manter alguma positividade. Ele destacou que, em um fim de semana difícil, “um ponto é melhor do que nada”. Mesmo assim, acrescentou que o foco já está voltado para o encerramento da temporada.
“Precisamos chegar logo a Abu Dhabi. Se conquistarmos outro ponto em alguma corrida, será bem-vindo”.
Alonso já mira 2026, mas demonstra ceticismo
O espanhol deixou claro que já pensa em 2026, ano em que a Aston Martin vai estrear um câmbio próprio e iniciar a parceria com a Honda. No entanto, ele admitiu ter dúvidas sobre o futuro.
“Todos começamos com incertezas. Teremos novas pessoas, um novo motor e vamos fabricar o câmbio pela primeira vez em 17 anos. Será um começo mais agitado que o das outras equipes”.
Além disso, Alonso se mostrou preocupado com o comportamento do carro ao longo dos fins de semana.
“Esperava um pouco mais. Quando você larga em 10º, espera que nono ou oitavo seja possível. Dois carros rápidos abandonaram, mas terminamos em 10º. Não foi uma boa corrida. Na sexta somos fortes, no sábado um pouco menos e no domingo ainda menos”.
O tom de frustração contrasta com o otimismo que o espanhol demonstrava no início da temporada, quando o projeto da Aston Martin parecia mais competitivo.
Agora, o foco está claramente em 2026 e no trabalho de Adrian Newey, que lidera o desenvolvimento do novo monoposto.
Krack pede calma e defende o grupo
Enquanto isso, Krack adotou um discurso mais equilibrado. Ele reconheceu as dificuldades, mas pediu que a equipe também saiba valorizar os pontos positivos.
“Às vezes, somos duros demais conosco. É importante também celebrar as coisas boas”, afirmou.
O luxemburguês rejeitou a ideia de que a Aston Martin esteja próxima do fim do grid e insistiu que as análises precisam ser feitas com cuidado.
“Precisamos revisar tudo em detalhe. Alguns usam pneus macios, outros médios ou duros. É preciso olhar os dados antes de afirmar onde realmente estamos em ritmo de corrida”.
Além disso, Krack lembrou que a temporada é longa e que o equilíbrio emocional faz diferença.
“Se formos autocríticos toda vez que não vencermos, as 24 corridas se tornam intermináveis. Quando marcamos pontos, é preciso respirar, reconhecer o esforço e voltar a buscar a perfeição no dia seguinte”.
Com isso, o dirigente reforçou que a Aston Martin segue comprometida com o desenvolvimento do carro atual, ainda que o foco de longo prazo já esteja no projeto de 2026.
adrian newey, Alonso 2026, Alonso Aston Martin, AMR25, aston martin, comentar formula 1, equipe Aston Martin, F1 2025, fernando alonso, formula 1, honda, Mike Krack, performance Aston Martin
ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.