Russell explica vantagem da Red Bull em classificação nos EUA

domingo, 19 de outubro de 2025 às 11:10

George Russell

Russell analisa pole de Verstappen

George Russell acredita que a velocidade de Red Bull na classificação para o GP dos Estados Unidos não é surpresa. Segundo ele, a volta dominante de Max Verstappen no Circuito das Américas reflete o ponto ideal aerodinâmico do RB21, e não um ajuste de configuração especial.

Embora o desempenho da Red Bull tenha parecido inconsistente no início do dia — com Verstappen e engenheiros reclamando de traseira nervosa e desgaste alto de pneus na Sprint — a equipe se acertou quando mais importava.

O campeão mundial produziu uma volta perfeita de pole, enquanto Russell ficou em quarto, sugerindo que a diferença vem do comportamento aerodinâmico sob carga máxima.

“Max foi obviamente super rápido. Não é a primeira vez que vemos eles tão fortes em classificação em pistas de alta velocidade”, disse Russell. “Eles foram pole em Silverstone, pole em Suzuka e pole aqui. Eles parecem ter downforce excelente quando o carro está bem baixo, exatamente o que você precisa em curvas de alta velocidade.”

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O ponto ideal da Red Bull

Para Russell, o RB21 se destaca quando o fundo do carro está próximo do solo — o ponto onde o efeito solo gera mais sucção. Em qualificação, com o carro leve e pilotado no limite, essa característica dá vantagem que a Mercedes ainda não consegue igualar.

Por que a vantagem pode diminuir na corrida

Na Sprint, Russell esteve muito próximo de Verstappen e até tentou uma ultrapassagem ousada. Isso reforçou a teoria de que a Red Bull brilha em qualificação, mas perde um pouco da força na corrida.

“Creio que o mapa aerodinâmico deles funciona muito bem quando o carro está baixo, principalmente nas curvas de alta velocidade. Para nós, é o oposto. Nessas condições, nosso desempenho cai bastante”, explicou.

“Na corrida, você entra nas curvas de alta velocidade uns 20 km/h mais lento. Isso eleva o carro, e a diferença diminui. Tudo converge.”

Ou seja, conforme a velocidade nas curvas cai e a altura do carro aumenta, a vantagem da Red Bull diminui. Esse comportamento ficou claro durante a Sprint, quando Verstappen não conseguiu abrir grande distância de Russell.

Mercedes espera aproveitar corrida

Largando em quarto, Russell acredita que a Mercedes ainda pode disputar um bom resultado, desde que gerencie pneus e tráfego na curva 1.

“Espero que possamos lutar pelo pódio. Há muitas equipes ao nosso redor. Oscar está fora de posição e deve ser rápido, então precisa passar a curva 1 primeiro”, disse.

Embora a falta de dados da Sprint sobre a McLaren tenha sido considerada uma desvantagem, Russell minimizou o impacto. Ele lembrou que a curta corrida não trouxe insights de longo prazo.

“Terminamos dois segundos e meio à frente da Williams. Esperávamos mais, e não vimos o potencial da McLaren. Sabemos que eles são fortes nessas condições quentes. Na Sprint, fizemos talvez 10 ou 11 voltas. Amanhã teremos 55 voltas.”

Com stints mais longos e temperaturas elevadas, Russell prevê uma corrida mais complexa, onde a brilhante qualificação de Verstappen pode não se traduzir em supremacia absoluta.

EB - www.autoracing.com.br

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