F1 deve emitir novo alerta de calor no GP dos EUA
segunda-feira, 13 de outubro de 2025 às 9:10
GP dos Estados Unidos
Os pilotos da Fórmula 1 devem receber mais um alerta de calor neste fim de semana durante o Grande Prêmio dos Estados Unidos.
A previsão indica temperaturas acima do limite estabelecido pela FIA, o que deve resultar em um segundo aviso consecutivo – algo inédito na categoria.
Há apenas duas semanas, a entidade precisou emitir o primeiro alerta oficial desse tipo durante o GP de Singapura, já que o calor ultrapassou o limite de 31 °C.

Agora, no Circuito das Américas em Austin, a situação tende a se repetir. Sob o sol escaldante do Texas, as temperaturas devem chegar a 32 °C na sexta e no domingo, enquanto o sábado promete até 33 °C.
Assim, é praticamente certo que a FIA voltará a agir para proteger os competidores, mesmo que isso gere novos debates dentro do paddock.
Colete de resfriamento volta ao centro das atenções
Caso o alerta seja confirmado, os pilotos precisarão decidir novamente se vão utilizar o colete de refrigeração ou preferem compensar o peso com lastro adicional nos carros.
Essa discussão, aliás, já havia ganhado força em Singapura, quando muitos testaram o acessório pela primeira vez.
O colete foi desenvolvido após o GP do Catar de 2023, quando o calor extremo levou vários pilotos a precisarem de atendimento médico. O sistema utiliza tubos internos por onde circula água gelada, oferecendo algum alívio durante a corrida.
George Russell, da Mercedes, estreou o equipamento no GP do Bahrain deste ano. Embora tenha elogiado a melhora térmica, o britânico reconheceu que o colete ainda causa certo desconforto devido ao espaço limitado do cockpit.
Portanto, o tema segue em aberto e promete dividir opiniões mais uma vez.
Obrigatoriedade do colete divide o grid da F1
Mesmo com os benefícios observados, o colete ainda não é obrigatório nesta temporada. Entretanto, a FIA planeja torná-lo compulsório em 2026, o que já gera forte resistência entre os pilotos.
Max Verstappen, da Red Bull, foi direto ao ponto: “Discordo totalmente dessa ideia. É ridículo. Precisamos discutir isso. A segurança é uma questão pessoal e não devem nos forçar a usar algo assim”.
Além disso, o tetracampeão mundial revelou não ter se impressionado com o equipamento. “O calor não me incomoda tanto. Depois de 15 ou 20 minutos, o colete esquenta e perde a função. Prefiro suar um pouco”.
Lewis Hamilton compartilhou da mesma visão: “Não acho que deva ser obrigatório. Nenhum piloto morreu por superaquecimento em uma corrida. Isso está ficando exagerado. A decisão precisa ser nossa. Agradeço por disponibilizarem o sistema, mas o uso deve continuar opcional”.
No entanto, o uso do colete implica uma compensação técnica: quem o utiliza precisa adicionar 0.5 kg de lastro ao cockpit.
Conclusão: calor, controvérsia e escolhas difíceis
Com o calor texano prometendo testar os limites físicos dos pilotos, a FIA busca antecipar os riscos, mas o debate sobre a liberdade de escolha continua aceso.
Assim, enquanto a temperatura sobe em Austin, a tensão nos bastidores da F1 também aumenta – e o paddock se prepara para mais um fim de semana escaldante.
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