Ben Sulayem é acusado de restringir eleição da FIA
quinta-feira, 9 de outubro de 2025 às 9:09
Mohammed Ben Sulayem
Mohammed Ben Sulayem enfrenta novas acusações de ter criado barreiras quase intransponíveis para qualquer rival que tente desafiá-lo na eleição presidencial da FIA, marcada para dezembro.
Três nomes – o americano Tim Mayer e as europeias Laura Villars e Virginie Philipott – já confirmaram sua intenção de concorrer.
No entanto, segundo o portal espanhol Soy Motor, “não é que os candidatos tenham dificuldade para vencer; o problema é que aparentemente eles nem conseguem se inscrever”.

Regras eleitorais geram polêmica
De acordo com o Soy Motor, Ben Sulayem aprovou recentemente um novo regulamento eleitoral que na prática dificulta qualquer tentativa de oposição.
Isso porque, para lançar uma candidatura, é preciso apresentar até 24 de outubro uma equipe completa de 10 integrantes, sendo sete vice-presidentes de esporte.
Esses vice-presidentes, contudo, devem ser escolhidos a partir de uma lista pré-aprovada com apenas 28 nomes. Além disso, há cotas regionais obrigatórias, o que complica ainda mais o cenário. Em várias regiões, há apenas candidatos alinhados ao atual presidente.
Por exemplo, o relatório aponta que existe apenas um nome elegível na América do Sul, Fabiana Ecclestone, que apoia Ben Sulayem.
Isso significa que nenhum rival pode montar uma chapa completa sem recorrer a pessoas leais ao incumbente. Situação semelhante ocorre na África, onde os dois nomes disponíveis também demonstram apoio explícito ao atual presidente.
“Fim de jogo”, diz a imprensa espanhola
Diante desse panorama, o Soy Motor foi categórico: “Fim de jogo”. Para o portal, mudar a presidência da FIA exigiria nada menos que uma revolução interna no comitê central, já que as regras atuais praticamente blindam o cargo de Ben Sulayem.
Assim, enquanto o prazo para registro de chapas se aproxima, cresce a percepção de que a próxima eleição da FIA pode ser meramente simbólica, reforçando ainda mais o poder do atual mandatário.
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