Wolff quer retorno do GP da Coreia à Fórmula 1
terça-feira, 7 de outubro de 2025 às 10:08
GP da Coreia – 2012
Toto Wolff voltou a sugerir que a Fórmula 1 deveria retomar o Grande Prêmio da Coreia, destacando o país como um mercado inexplorado e promissor para o futuro da categoria.
Entre 2010 e 2013, a F1 correu no circuito de Yeongam. No entanto, o evento acabou cancelado em 2014, já que os organizadores se recusaram a renovar o contrato com a FOM após um prejuízo estimado em US$ 26 milhões em 2012.
Desde então, o cenário asiático mudou bastante. Além da saída da Malásia, a F1 manteve apenas três corridas na região – China, Japão e Singapura – o que, segundo Wolff, abre espaço para um retorno estratégico ao mercado sul-coreano.

Crescimento da F1 impulsiona novos mercados
Nos últimos anos, a F1 conquistou uma popularidade inédita. Portanto, Wolff acredita que o momento é ideal para explorar novamente a Coreia do Sul.
“A Coreia é um mercado pouco explorado há algum tempo. E considerando o crescimento da F1, especialmente entre o público jovem, faz todo sentido pensar em voltar”, afirmou Wolff à Reuters.
Além disso, o dirigente destacou um dado importante sobre o novo perfil dos fãs da categoria.
“Nosso público que mais cresce são as jovens mulheres entre 15 e 24 anos, muito ativas nas redes sociais”, explicou.
Com isso, Wolff enxerga uma conexão natural. Afinal, a Coreia do Sul é um dos países mais conectados do mundo, e essa característica digital se alinha perfeitamente ao público atual da F1.
“Seria incrível voltar e mostrar como a F1 evoluiu nos últimos 10 anos”, completou.
Mercedes prepara exibição com Bottas
Antes de qualquer decisão formal, a Mercedes pretende realizar uma demonstração com Valtteri Bottas em território sul-coreano. O evento, além de celebrar a história da equipe, servirá para avaliar o potencial de engajamento dos fãs locais.
Dessa forma, a marca alemã espera medir o interesse do público e fortalecer o vínculo entre a F1 e o mercado asiático.
Calendário da F1 abre espaço para novas corridas
Atualmente, o calendário da F1 conta com 24 etapas, sendo seis nas Américas e quatro no Oriente Médio. Para reduzir custos e tornar as viagens mais eficientes, a categoria passou a regionalizar as corridas.
Assim, o GP do Japão foi antecipado para o início da temporada, enquanto o GP do Canadá foi realocado para acompanhar o evento de Miami.
Além disso, há conversas sobre revezar provas tradicionais. O GP da Bélgica, por exemplo, deve se tornar um evento bienal a partir de 2027.
Com isso, Wolff acredita que há uma lacuna clara no leste asiático, o que poderia facilitar o retorno do GP da Coreia.
“Existe um espaço em branco no calendário da Ásia Oriental. Seria o local perfeito para uma nova corrida”, comentou o chefe da Mercedes.
Equilíbrio entre negócios e tradição
Por fim, Wolff elogiou o CEO da F1, Stefano Domenicali, por tentar equilibrar os interesses comerciais e o planejamento a longo prazo.
Segundo ele, a F1 deve continuar expandindo globalmente, mas sem perder a conexão com mercados historicamente relevantes e de alto potencial, como o sul-coreano.
Dessa forma, o dirigente reforça que o retorno da Coreia à F1 seria não apenas viável, mas também estratégico para o futuro da categoria.
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