Arrivabene aponta desvantagem da Ferrari para outras equipes
quarta-feira, 1 de outubro de 2025 às 9:06
Maurizio Arrivabene
Maurizio Arrivabene, ex-chefe da Ferrari na Fórmula 1, decidiu finalmente comentar as dificuldades atuais da Scuderia.
Aos 68 anos, ele falou ao jornal Tuttosport principalmente sobre questões legais fora do automobilismo. No entanto, aproveitou a ocasião para avaliar o momento da equipe de Maranello.
“Quando você trabalha dentro da equipe, entende certos mecanismos e certas dificuldades técnicas”, afirmou.

Comparação entre supercarros e F1
Em seguida, Arrivabene destacou a complexidade do desenvolvimento de um carro de Fórmula 1.
“Um supercarro tem 5.000 componentes e você dispõe de quatro anos para ajustá-lo. Já um F1 reúne 50.000 peças e deve ficar pronto em seis meses. Assim, se você erra, carrega o problema quase a temporada inteira e corrigi-lo se torna muito difícil”, explicou.
Logo depois, ele fez questão de elogiar Frederic Vasseur.
“Vasseur é uma pessoa séria e competente. No meu caso, eu tinha a vantagem de falar italiano, portanto captar todas as nuances, ideias e detalhes de cada pessoa”, completou.
Fragilidade fora dos motores
Além disso, o ex-dirigente admitiu que a Ferrari segue atrás em áreas-chave.
“Estamos um pouco atrasados em compósitos e aerodinâmica porque continuamos fabricando motores melhores que qualquer outro”.
“No entanto, os ingleses da região de Oxford desenvolveram essa tecnologia e estão à frente. Fechar essa lacuna, tanto em tradição quanto em expertise, exige bastante trabalho”, revelou.
Paciência e futuro da Scuderia
Apesar das dificuldades, Arrivabene demonstrou confiança no processo.
“Estamos chegando lá. É preciso paciência, mas a Ferrari está no caminho certo. Além disso, esse progresso pode ajudar o país, já que 30.000 pessoas trabalham na Inglaterra. Assim, não se trata apenas de vencer corridas, mas também de avançar industrialmente”.
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