Ocon critica mudanças “artificiais” propostas pela F1

Esteban Ocon

Esteban Ocon decidiu se juntar à discussão sobre o rumo que a Fórmula 1 pode tomar nos próximos anos.

A Liberty Media tem considerado novas medidas para aumentar o espetáculo, como a inclusão de mais corridas curtas, a redução da duração dos GPs e até a introdução de grids invertidos.

Entretanto, o francês, atualmente na Haas, acredita que a categoria já está muito próxima de um ponto de saturação.

Quero ser VIP

“Vivemos em uma sociedade de consumo em que sempre buscamos mais entretenimento, e por consequência, mais corridas”, comentou o francês.

Saturação e perda de expectativa

Embora Ocon reconheça que um número maior de corridas possa trazer benefícios comerciais, ele alerta que existe também um efeito colateral.

“Quando eu era jovem, aguardava ansiosamente a próxima prova. Muitas vezes demorava semanas e isso fazia com que fosse o grande destaque da minha semana”, explicou.

Agora, no entanto, a situação mudou. “Hoje, corremos quase todo fim de semana, e isso já inclui as sprints”, destacou.

Dessa forma, segundo ele, ainda que a audiência possa aumentar, os pilotos não se beneficiam.

“Não tenho problema em correr mais vezes, mas acredito que é fundamental preservar a expectativa antes de cada grande prêmio. Só assim o espetáculo se mantém especial”, afirmou.

Contra grids invertidos

Além disso, Ocon também rejeitou a ideia de grids invertidos.

“Isso deixaria a F1 artificial demais”, declarou sem rodeios. Para ele, a essência da categoria deve ser preservada a qualquer custo.

“O automobilismo precisa continuar puro: a equipe mais rápida e forte tem de vencer. Grid invertido pode até parecer divertido, mas no fim das contas torna tudo artificial demais”.