McLaren vendida por USD 4,1 bi a acionistas

Norris – Brown e Piastri – McLaren

O chefe da McLaren Racing, Zak Brown, confirmou que a McLaren foi vendida aos principais acionistas e foi avaliada em impressionantes USD 4,1 bilhões. A equipe sediada em Woking agora está totalmente sob controle de Mumtalakat e CYVN Holdings.

“Está tudo certo”, afirmou Brown à Bloomberg, confirmando que o fundo soberano do Bahrein, Mumtalakat, e o grupo de investimento automotivo CYVN Holdings, que já possuíam participações no McLaren Group, adquiriram os 30% restantes da McLaren Racing para assumir o controle total.

O acordo inclui não apenas as operações de Fórmula 1, mas também a Arrows McLaren IndyCar e o futuro projeto WEC Hypercar. Dessa forma, os acionistas passaram a ter o comando integral de todo o portfólio de automobilismo da fabricante.

A maré crescente da Fórmula 1

A mudança não representa apenas força financeira. Para Brown, trata-se também de uma declaração sobre a ascensão meteórica da Fórmula 1 e sobre a posição sólida da McLaren no cenário atual.

Quero ser VIP

O dirigente foi enfático ao destacar a saúde em expansão do esporte. Ele lembrou que esse movimento começou com a aquisição da categoria pela Liberty Media em 2017, que trouxe novos ares para o campeonato.

“O esporte está em alta, sabe, em todas as métricas, na demanda por equipes”, explicou o CEO da McLaren à Bloomberg.

Segundo ele, a introdução do teto de custos assegurou estabilidade financeira às equipes e competitividade dentro das pistas. Além disso, o dirigente ressaltou que o crescimento da base de fãs e a entrada de patrocinadores garantem um futuro ainda mais promissor para a Fórmula 1.

“Tem sido uma coisa maravilhosa. Os fãs estão vindo às dezenas e centenas de milhões, patrocinadores e parceiros também, como nunca vimos antes. Então, o esporte está em alta, e que assim continue por muito tempo.”

O potencial de crescimento ainda não atingiu o limite

Brown rejeitou qualquer rumor de que a Fórmula 1 já teria alcançado seu ponto máximo de valorização. Pelo contrário, ele afirmou que a tendência é de expansão contínua.

“Acho que não. Acho que, se você olhar para os esportes em geral, e eu não diria que sou especialista em todos eles, o crescimento é constante”, disse Brown.

Ele destacou ainda que, cada vez que contratos gigantes são anunciados, a reação inicial é de surpresa. No entanto, ao longo dos anos, os números se mostram sustentáveis e continuam subindo.

“Nosso esporte, em particular, tem muito espaço para crescer. Temos 24 corridas, mas existe demanda suficiente para 30 GPs. Portanto, a procura é fortíssima”, completou.

O poder de atrair as maiores marcas do mundo

A força comercial da Fórmula 1 é hoje inegável. Além da audiência global, marcas de primeira linha competem por espaço e visibilidade junto às equipes.

“Nosso carro tem as melhores marcas do mundo, como Mastercard e Google. A competição é incrível. No ano passado, quatro equipes venceram, e sete pilotos diferentes conquistaram várias corridas”, lembrou Brown.

Ele ressaltou que, em três décadas acompanhando o esporte, nunca havia presenciado tamanha variedade de vencedores. Além disso, destacou o impacto da série da Netflix, que ampliou o alcance da categoria e conquistou novos públicos.

“O drama fora das pistas é fantástico. A demanda por GPs nunca foi tão forte. Portanto, acredito que o esporte, em muitos aspectos, está apenas começando.”

McLaren projeta futuro mais ambicioso

Com a propriedade total garantida por Mumtalakat e CYVN, a McLaren se fortalece para acelerar suas ambições. A equipe agora busca consolidar-se ainda mais dentro das pistas e expandir fora delas, aproveitando o cenário favorável do automobilismo global.

Para Brown, a Fórmula 1 nunca foi tão vibrante ou valiosa como no momento atual, e a McLaren está preparada para aproveitar essa onda de crescimento.

A equipe inteira agora pertence somente a duas empresas do oriente médio; a Mumtalakat Holding Company (Bahrain Mumtalakat Holding Company), que é o fundo soberano do Bahrain e a CYVN Holdings é um fundo de investimento estatal de Abu Dhabi.