Sainz cobra FIA por comissários permanentes na Fórmula 1
quinta-feira, 18 de setembro de 2025 às 8:57
Carlos Sainz
Carlos Sainz reforçou sua cobrança por comissários permanentes na Fórmula 1. O espanhol voltou ao tema logo depois de reverter parte da punição no GP da Holanda.
Em Zandvoort, ele tocou em Liam Lawson na curva 1. Como consequência, os comissários aplicaram 10 segundos de penalização e dois pontos em sua superlicença. Sainz contestou de imediato a decisão e a classificou como injusta.
Pouco depois da corrida, a Williams entrou com um Direito de Revisão. Os comissários analisaram o processo apenas após o GP da Itália, quando se reuniram novamente. A avaliação buscava determinar se existiam provas novas, relevantes e significativas para reabrir o caso.

Dessa vez, a equipe apresentou novas imagens de câmera. A FIA então cancelou os dois pontos aplicados, mas manteve os 10 segundos, já que Sainz havia cumprido a punição em prova.
Modelo rotativo sob pressão
Embora a Williams tenha alcançado seu objetivo, o episódio reacendeu críticas ao modelo atual de comissários. A F1 utiliza rodízio e não define nomes fixos para cada GP. Além disso, eles trabalham de forma voluntária.
Dirigentes apontam o custo como obstáculo para adotar profissionais permanentes. Mesmo assim, Sainz rejeita esse argumento.
“F1 e FIA concordam que esse deveria ser o caminho. Precisamos de dois comissários permanentes e um rotativo para aprendizado. Além disso, não faz sentido discutir salários porque existe dinheiro suficiente no esporte para isso”, afirmou em Baku.
Segundo o espanhol, comissários fixos dariam previsibilidade. “Se fossem sempre os mesmos, eu entenderia o padrão de julgamento. Com rotatividade, porém, nunca sabemos se a punição virá ou não”.
Comparação com o futebol e experiências passadas
Apesar disso, Sainz reconhece argumentos contrários. “Alguns comparam com o futebol, onde os árbitros mudam a cada jogo. Ninguém reclama disso. Contudo, se um piloto receber punições seguidas, poderá alegar perseguição de um comissário específico”.
O espanhol já viveu situação semelhante. No GP da Austrália de 2023, ele tocou em Fernando Alonso, recebeu cinco segundos de punição e perdeu pontos importantes. Na ocasião, os comissários rejeitaram o pedido de revisão.
Desta vez, no entanto, Sainz elogiou a postura dos comissários. “Depois de Zandvoort fiquei frustrado, mas percebi que estavam abertos. Assim, ficou claro que a decisão inicial não estava correta. A anulação dos pontos mostra avanço”.
Por fim, o piloto destacou que nem todos os casos devem seguir esse padrão. Mesmo assim, avaliou o episódio como óbvio. “As novas imagens foram totalmente claras. Portanto, não havia motivo para punição”.
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