Verstappen não pode repetir erro de Hamilton, alerta Irvine

sexta-feira, 12 de setembro de 2025 às 9:19

Lewis Hamilton e Max Verstappen

Max Verstappen recebeu um alerta para não seguir os passos de Lewis Hamilton. Caso queira, ele não pode esperar demais para correr pela Ferrari.

O tetracampeão mundial foi fortemente vinculado à Mercedes neste ano. No entanto, uma cláusula em seu contrato com a Red Bull expirou antes do intervalo de verão, adiando qualquer negociação no mínimo até a próxima temporada.

Agora, Verstappen tem a vantagem de analisar a hierarquia de 2026 sob as novas regras de motor e chassi. Assim, ele pode tomar uma decisão mais consciente e estratégica.

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O cenário da Ferrari

Não é impossível que a Ferrari esteja no radar de Verstappen. Por outro lado, a Scuderia conta atualmente com uma dupla sólida: Charles Leclerc e Lewis Hamilton. Contudo, Hamilton vem enfrentando dificuldades em seu primeiro ano com a equipe italiana.

Eddie Irvine, ex-piloto da Ferrari, acredita que Hamilton, aos 40 anos, chegou “tarde demais”. Ele aponta que os melhores anos do britânico já haviam passado, mesmo com o desejo antigo de pilotar o carro vermelho.

Irvine espera que, se Verstappen tiver interesse, ele decida cedo. Afinal, não quer que o holandês repita o erro de Hamilton.

“O problema com Lewis é que ele veio um pouco velho, mas ganhou sete títulos mundiais, então sempre há um preço”, disse Irvine à Sky Sports.

A lição de Schumacher

Irvine relembra Michael Schumacher, seu companheiro na Ferrari entre 1996 e 1999. Schumacher sacrificou títulos na Benetton para se juntar à Scuderia e depois conquistou cinco campeonatos consecutivos, totalizando sete.

“Michael abriu mão de dois, três, talvez mais campeonatos mundiais para sair da Benetton e ir para a Ferrari. Nos primeiros anos, ninguém tinha ideia de quão difícil era. Michael sabia, mas decidiu ir e ver o que podia fazer. E conseguiu”, contou Irvine.

“As pessoas esquecem, levou quatro anos. Ele estava sempre perto, pilotando ao máximo para alcançar seus objetivos. Era fácil não dar certo, mas ele conseguiu”.

“Eu adoraria ver Verstappen na Ferrari. Os dois juntos seriam sensacionais. Portanto, espero que ele não espere demais como Hamilton fez”.

Impacto de Verstappen na equipe

Irvine acredita que a chegada de Verstappen teria efeitos semelhantes à entrada de Schumacher. Naquela época, Schumacher transformou toda a equipe em Maranello.

“É muito difícil na Ferrari porque ela está isolada na Itália. As equipes britânicas têm interação com outras, o que facilita a evolução. Em Maranello, não existe essa troca, e isso torna tudo mais complicado”, disse Irvine.

Ele ressaltou a importância de ter um piloto forte como referência.

“Quando Michael chegou, Rory Byrne e Ross Brawn vieram, toda a equipe foi estruturada ao redor dele. Se Verstappen fosse, poderia levar muita gente consigo. Mas sem o sistema completo, todos estão no mesmo nível. A Fórmula 1 é difícil”.

Irvine também destacou a impressionante recuperação da McLaren como fabricante independente, mostrando que conquistas significativas são possíveis.

“Estou surpreso com o que a McLaren fez. Ron Dennis nunca acreditou que seria possível vencer como independente. E Zak Brown fez um trabalho nota 10. Portanto, é incrível”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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