Fabricantes concordam com motores V8, afirma Wolff

segunda-feira, 8 de setembro de 2025 às 9:18

Fórmula 1

Toto Wolff revelou que os fabricantes de motores da Fórmula 1 estão de acordo em princípio com a volta dos motores V8.

No entanto, segundo o chefe da Mercedes, não seria financeiramente viável acelerar a transição antes de 2031.

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, pressiona por motores mais simples, baratos e leves. Além disso, queria que a mudança ocorresse já em 2029. Esse plano reduziria a vida útil dos novos motores híbridos de 2026 a apenas três temporadas.

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As primeiras conversas ocorreram no Bahrain, em uma reunião com fabricantes atuais e futuros da categoria. Em seguida, Ben Sulayem marcou novo encontro em Londres para detalhar o projeto.

Contudo, durante o fim de semana do GP da Itália, ele enviou uma carta aos fabricantes cancelando a reunião, já que percebeu a falta de apoio para o cronograma de 2029.

Audi e Honda rejeitam antecipação

De acordo com as regras da FIA, qualquer mudança precisa da aprovação da entidade, da FOM e da maioria dos fabricantes.

Por isso, a oposição de Audi e Honda foi decisiva. As duas empresas já investiram centenas de milhões nos regulamentos de 2026 a 2030, que aumentam a participação do sistema híbrido.

Mercedes e Ferrari, por outro lado, estavam abertas a um meio-termo: aceitar motores V8 em 2030, um ano antes do planejado.

Entretanto, ambas rejeitaram uma alteração ainda mais precoce. Afinal, isso exigiria um investimento paralelo enquanto os projetos de 2026 estariam em pleno desenvolvimento.

Wolff aponta caminho comum

Segundo Wolff, há consenso sobre a direção que a categoria deve seguir, mas não sobre a pressa.

“Todos queremos regulamentos espetaculares que atraiam os fãs. O V8 com aspiração natural, alta rotação, sistema de recuperação de energia e combustível sustentável é o melhor compromisso. Porém, nenhum fabricante quer dois programas paralelos”, explicou o austríaco.

Além disso, ele destacou que Ferrari, Red Bull-Ford e Cadillac também compartilham a mesma visão. Dessa forma, a prioridade agora é alinhar FIA, FOM e fabricantes em torno de um calendário viável.

Vasseur pede paciência

Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, reforçou que não há urgência.

“Estamos em fase de discussões. Podemos encontrar um projeto comum em breve, mas não existe pressa. A prioridade ainda é 2026”, afirmou.

De acordo com o francês, a chave será construir um acordo equilibrado entre fabricantes, FIA e F1.

Audi mantém posição firme

Jonathan Wheatley, da Sauber – que se transformará em Audi em 2026 – lembrou que a entrada da marca se baseou em três pilares: motor altamente eficiente, híbrido avançado e combustível sustentável.

“Nossa posição não mudou e não deve mudar por muito tempo”, concluiu.

 

LS - www.autoracing.com.br

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