Fim do V6? Cúpula da F1 sobre motores V8 é adiada

Motor Renault V8 de 2013

Disputa sobre o futuro dos motores da Fórmula 1

O futuro dos motores da Fórmula 1 vive um momento de incerteza. A próxima grande etapa da categoria, que vai além do regulamento de unidades de potência de 2026, sofreu um revés após o cancelamento de uma importante cúpula em Londres. O encontro, que aconteceria na próxima semana, foi suspenso em meio a uma feroz disputa sobre a reintrodução dos motores V8.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) quer dar mais tempo a todas as partes para que formem uma opinião sobre a introdução dos motores V8. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tem defendido o início em 2029, o que encurtaria a duração da era de 2026. Contudo, o consenso está longe de ser alcançado.

Fabricantes têm opiniões divergentes

As equipes e fabricantes de motores têm opiniões divergentes sobre o tema. Atualmente, apenas a Red Bull Powertrains e a Cadillac se sentem confortáveis com a transição antecipada. Em contrapartida, as gigantes Mercedes e Ferrari pressionam por uma introdução em 2030.

Audi e Honda, por sua vez, insistem que a FIA mantenha sua promessa: permitir que o motor V6 turbo de 350 quilowatts, planejado para 2026, opere por cinco anos completos.

A FIA prefere um conceito de motor V8 de 2.4 litros com assistência híbrida. A ideia por trás disso é o lema da entidade: mais simples, mais barato, mais potência do motor a combustão e menos da bateria. No entanto, o diabo está nos detalhes.

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Próximos passos e possíveis cenários

As divergências são amplas. Alguns preferem um V8 aspirado, enquanto outros defendem um V8 biturbo. Eles ainda não finalizaram os detalhes do sistema elétrico.

Nessas circunstâncias, uma votação faria pouco sentido. A reunião seria infrutífera. Os organizadores não queriam se expor a esse constrangimento.

Se nenhum acordo for selado, a FIA pode simplesmente impor sua própria visão. Nesse caso, a próxima série de regulamentos de motores só entraria em vigor em 2031. A entidade, então, poderia fazer valer suas regulamentações preferidas, superando a oposição das equipes.