FIA debate motores V8 para o futuro da Fórmula 1
quinta-feira, 4 de setembro de 2025 às 9:23
Motor Renault V8 de 2013
A FIA e os fabricantes de motores da Fórmula 1 se preparam para uma nova rodada de negociações que pode definir os próximos rumos da categoria.
Embora as novas unidades de potência de 2026 introduzam uma divisão quase 50/50 entre combustão interna e energia elétrica, a federação já concentra esforços no que virá depois.
Isso acontece porque permanecem dúvidas quanto ao custo elevado, à complexidade e ao peso dos atuais sistemas híbridos.

Reunião em Londres deve marcar próximos passos
Após a primeira reunião realizada durante o GP do Bahrain, em abril, a FIA convocou um novo encontro com os fabricantes. A reunião será na quinta-feira, 11 de setembro, em Londres, e servirá para alinhar propostas.
Nesse cenário, a principal alternativa em discussão é a adoção de motores V8 de 2,4 litros, que poderiam ou não contar com turbocompressor.
Esses motores seriam abastecidos com combustíveis sustentáveis e acompanhados de um sistema híbrido bem mais simples, inspirado no antigo KERS, em substituição ao atual MGU-K.
Ben Sulayem pressiona por mudanças mais rápidas
Durante o GP da Inglaterra, Mohammed Ben Sulayem deixou clara sua posição: “Para nós, o V8 vai acontecer. As equipes já percebem que este é o caminho certo. A FOM também apoia”.
“Precisamos agir logo, pois o desenvolvimento exige três anos. Assim, esperamos ter algo pronto em 2029, embora o custo do combustível continue sendo um desafio”.
Apesar do otimismo de Ben Sulayem, os fabricantes adotam postura bem mais cautelosa. Afinal, os novos motores de 2026 ainda não entraram em ação, mas já demandaram investimentos altíssimos, sobretudo no desenvolvimento dos combustíveis sustentáveis.
Montadoras defendem cronograma mais longo
Portanto, embora os fabricantes não descartem a ideia de um V8 simplificado, a maioria defende um prazo mais realista: 2030 ou até 2031, como previsto inicialmente.
Para eles, antecipar a mudança poderia reduzir a relevância do enorme esforço aplicado nas novas unidades híbridas. Além disso, há preocupação de que o entusiasmo em torno do retorno dos V8 acabe ofuscando os avanços técnicos conquistados nos motores de 2026.
Custos dos combustíveis sustentáveis também preocupam
Outro ponto central do debate será o preço dos biocombustíveis. A FIA e os fabricantes pretendem discutir, a partir de 2027, estratégias para baratear a produção.
No entanto, todos reconhecem que tecnologias de ponta sempre apresentam custos elevados em sua fase inicial, antes que os valores se estabilizem com o avanço da escala industrial.
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