Mercedes alerta: Red Bull terá desafio enorme em 2026
quarta-feira, 3 de setembro de 2025 às 9:00
Red Bull-Ford
Toto Wolff, chefe da Mercedes, afirmou que a Red Bull Powertrains terá um verdadeiro “Everest a escalar” ao desenvolver suas unidades de potência para a Fórmula 1 em 2026.
No entanto, apesar do tamanho da tarefa, ele também destacou que não se deve subestimar a rival a longo prazo.
A escolha da Red Bull por fabricar motores próprios surgiu após a decisão da Honda de deixar a categoria. Como o acordo com a Porsche não se concretizou, Christian Horner optou por seguir sozinho. Mais tarde, contudo, a Ford se juntou como parceira técnica.

Desde então, a Red Bull não apenas investiu pesado em infraestrutura, mas também contratou especialistas de ponta.
Assim, a marca passou a integrar, ao lado da Audi, a lista de novos fornecedores para a era em que o MGU-H será abolido. Além disso, a partir de 2026, o MGU-K ganhará maior protagonismo, reforçando a ênfase na energia elétrica.
O ceticismo de Wolff
Durante o GP da Holanda, Wolff declarou que, embora a Red Bull tenha recursos, as chances não estão a favor no início dessa jornada.
“Minha primeira resposta seria que isso é como escalar o Everest. Nossos departamentos de motores evoluíram ao longo de décadas”, comentou o austríaco.
“Entretanto, nunca se pode ignorar quem possui a capacidade de criar algo do zero, trazendo ideias novas e soluções diferentes. Pode haver surpresas”.
Ainda assim, poucos acreditam que a Red Bull conseguirá, logo de cara, igualar o nível de Mercedes e Ferrari.
Portanto, para evitar um abismo de performance como o visto entre 2014 e 2017 – período em que a Mercedes dominou enquanto a Honda penava para se tornar competitiva – a FIA incluiu um mecanismo de proteção no regulamento.
Rede de segurança no regulamento
Esse mecanismo recebeu o nome de ADUO (Additional Development and Upgrade Opportunities). Por meio dele, a FIA fará comparações regulares entre todas as fornecedoras de motores.
Caso alguma fique significativamente atrás, terá direito a maior flexibilidade no teto orçamentário, mais horas de dinamômetro e também a possibilidade de alterar a homologação da unidade de potência.
A primeira avaliação ocorrerá logo após as cinco primeiras corridas de 2026. Além disso, a FIA já trabalha em outro recurso para ajudar fabricantes que enfrentarem sérios problemas de confiabilidade – algo especialmente crítico em tempos de teto de gastos.
Um desafio, mas não impossível
Wolff reforçou que o projeto é arriscado, mas lembrou que a Red Bull já surpreendeu o paddock no passado.
“É um desafio enorme. No entanto, quando assumiram a equipe de chassi, muitos riram da ideia de uma marca de energéticos competir com Ferrari, Mercedes e McLaren. No fim, porém, eles venceram. Talvez, em cinco anos, a conversa seja diferente”, afirmou.
Por fim, ele destacou que, devido à complexidade atual das unidades de potência, a tarefa é ainda mais dura.
Porém, se a F1 decidir no futuro adotar motores menos complexos – como um V8 híbrido com participação elétrica mais convencional – o caminho para novas fabricantes poderá se tornar consideravelmente mais acessível.
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