Hamilton nega ordens à Ferrari em documentos técnicos
terça-feira, 12 de agosto de 2025 às 9:27
Lewis Hamilton
Lewis Hamilton fez questão de deixar claro que os relatórios detalhados enviados à Ferrari não foram ordens, mas sim sugestões técnicas para melhorar a performance da equipe.
A declaração veio justamente em um momento no qual os rumores sobre seu futuro na Fórmula 1 se intensificam a cada semana.
“Não havia ordens para a equipe naqueles documentos”, explicou o heptacampeão mundial. “Eram apenas ideias, como: ‘E se tentássemos isso?’, ‘Já verificamos aquilo?’, ou ‘Com isso poderíamos otimizar áreas e melhorar'”.

Assim, segundo Hamilton, o objetivo principal era apenas abrir um canal de diálogo. Além disso, o chefe de equipe Frederic Vasseur, de acordo com o piloto, mostrou-se bastante receptivo.
Relatórios detalhados e foco técnico
Antes mesmo de se autodenominar “inútil” no período pré-férias, Hamilton já havia revelado que produziu relatórios ao longo da temporada.
“Após as primeiras corridas, elaborei um documento completo para a equipe. Já durante esta pausa, enviei outros dois”, contou.
Esses materiais abordaram temas como o motor para o próximo ano, a suspensão dianteira e traseira, bem como problemas atuais do carro. Além disso, o britânico sugeriu ajustes estruturais com a intenção de melhorar a organização interna da Ferrari.
Para que essas ideias fossem discutidas de forma ampla, Hamilton manteve encontros frequentes com a alta cúpula. Nessas reuniões, participaram Vasseur, o chefe técnico Loic Serra e outros líderes de departamentos estratégicos.
Leclerc adota abordagem distinta
Enquanto Hamilton aposta em documentos detalhados, Charles Leclerc – que vem ampliando sua vantagem sobre o companheiro de equipe em 2025 – prefere outro método para contribuir com o desenvolvimento.
“Não produzo documentos, mas sempre participo de reuniões quando retorno a Maranello. Afinal, cada piloto tem sua maneira de repassar feedback para a equipe”, explicou. “O meu jeito é diferente do de Lewis, mas isso não significa que eu fique de fora do processo”.
Repercussão no paddock
A expressão “inútil” usada por Hamilton provocou reações diversas no paddock. Por um lado, alguns interpretaram como um recado indireto de que o carro seria o verdadeiro problema.
Entretanto, para Ralf Schumacher, em entrevista à Sky Deutschland, a situação exige uma posição mais clara.
“Na minha visão, Hamilton deveria dizer: ‘Estou pendurando o capacete’. Ou então: ‘Agora mais do que nunca, vou lutar com toda a força’. Achei um pouco teatral e cansativo ter de buscar desculpas sempre”.
Por outro lado, há quem acredite que o britânico de 40 anos esteja vivendo um momento de baixa real. Inclusive, Toto Wolff, chefe da Mercedes, lembrou que George Russell já vinha se destacando desde o ano passado.
“No ano passado, ele passou a ser o mais rápido e confiável em ritmo de corrida e resultados obtidos na pista. Não poderíamos pedir mais de um piloto”.
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