Brundle vê possível aposentadoria de Hamilton após crise na Hungria

Lewis Hamilton

Martin Brundle afirmou que Lewis Hamilton pode não cumprir seu contrato até o fim na Ferrari.

De acordo com o ex-piloto e atual comentarista da Sky Sports F1, o heptacampeão estaria perto de um limite pessoal após mais um final de semana desastroso, desta vez no GP da Hungria.

Performance preocupante em Budapeste

Hamilton largou apenas em 12º lugar e terminou na mesma posição, uma volta atrás do vencedor. Durante as entrevistas pós-classificação, o britânico se mostrou completamente abatido.

Quero ser VIP

Chegou a se declarar “inútil” e sugeriu de forma direta que a Ferrari deveria considerar trocar de piloto para obter melhores resultados.

Embora tenha conquistado uma pole e uma vitória em corrida curta na China, além de um terceiro lugar em Miami, ele ainda não subiu ao pódio em corridas principais pela Scuderia.

Isso representa uma marca inédita em sua carreira: chegar à pausa de verão sem nenhum top 3 em grandes prêmios.

Contrato pode não ser cumprido até o fim

Hamilton assinou com a Ferrari por duas temporadas, com opção de renovação para 2027. No entanto, segundo Brundle, se ele não conseguir lidar com esse momento difícil, existe a possibilidade real de uma aposentadoria antecipada da Fórmula 1.

“Não é fácil escrever isso, mas o que vimos na Hungria foi um dos piores finais de semana da carreira de Lewis, dentro e fora do carro”, escreveu Brundle em sua coluna.

O comentarista destacou que, além de não ter ritmo para lutar entre os líderes, Hamilton viu seu companheiro Charles Leclerc conquistar a pole. A diferença de desempenho entre os dois foi evidente.

“Ele mesmo se chamou de inútil e ainda sugeriu uma troca de piloto. Essa frase claramente poderia ter sido evitada. Mas Lewis decidiu se expor, talvez como forma de se punir publicamente”, completou Brundle.

Pausa necessária para se recuperar

Por outro lado, Brundle acredita que a pausa do verão europeu chega em boa hora. Segundo ele, esse período será fundamental para que Hamilton possa reavaliar sua situação emocional e técnica.

Apesar disso, o comentarista foi direto: “Se ele não conseguir reagir, simplesmente não consigo imaginar Lewis suportando mais duas temporadas nessa situação – seja na Ferrari ou em qualquer outra equipe”.

Durante o GP da Hungria, Hamilton permaneceu preso no meio do pelotão e jamais ameaçou brigar por pontos.

Após a corrida, ficou por muito tempo sentado no carro no parque fechado, o que chamou a atenção. Nas entrevistas, mais uma vez, mostrou-se desanimado e sem respostas.

Além disso, o britânico decidiu não participar de uma investigação dos comissários sobre uma manobra ousada de Max Verstappen na curva 4. O holandês fez uma tentativa arriscada de ultrapassagem e Hamilton optou por sair da pista para evitar o contato.

Ainda que os comissários tenham chamado ambos para prestar esclarecimentos, Lewis preferiu que a Ferrari o representasse. Já Verstappen compareceu pessoalmente, explicou seu ponto de vista e evitou qualquer punição.