Red Bull: “Nós sabemos onde erramos” na Hungria

domingo, 3 de agosto de 2025 às 15:08

Helmut Marko

O nono lugar de Max Verstappen, somado ao 18º de Yuki Tsunoda – que largou do pit lane – representou um resultado decepcionante para a Red Bull no GP da Hungria.

Segundo o consultor Helmut Marko, a estratégia foi um dos pontos que comprometeram o resultado. Ainda assim, ele ponderou que, mesmo com uma tática ideal, o máximo que Verstappen poderia alcançar seria um quinto ou sexto lugar.

“Uma estratégia de uma parada teria funcionado melhor, já que ultrapassar era extremamente difícil”, explicou Marko.

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“Talvez Max conseguisse terminar em sexto ou quinto, mas o ritmo… foi curioso. Por duas ou três voltas, ele igualou os tempos dos líderes – mas acreditamos saber onde erramos”.

Na visão de Marko, os pneus se desgastaram demais na primeira parada. Já na segunda, embora a equipe esperasse que Verstappen avançasse, ele rapidamente perdeu a vantagem de compostos mais novos e ficou preso no tráfego.

Max perdeu terreno cedo e ficou preso no tráfego

Verstappen largou em oitavo, perdeu uma posição para Liam Lawson na primeira volta, mas a recuperou logo em seguida. Em seguida, passou Lance Stroll com uma manobra agressiva na curva 6 já na terceira volta.

Entretanto, depois disso, ficou preso no conhecido “trem de DRS”, atrás de Gabriel Bortoleto e Fernando Alonso.

Durante a corrida, Verstappen reclamou no rádio do momento escolhido para sua primeira parada, que aconteceu no final da volta 17.

A estratégia o colocou no meio do tráfego. Isso ocorreu porque o pelotão que vinha atrás de Alonso começou a se quebrar, já que o espanhol aumentou o ritmo em cerca de um segundo por volta.

Enquanto algumas equipes anteciparam uma segunda parada, a maioria tentou alongar o stint inicial para seguir com apenas uma troca de pneus.

Assim, Verstappen acabou preso atrás de vários adversários que estavam gerenciando ritmo – e pneus – em um circuito notoriamente difícil para ultrapassagens.

Entre esses adversários, estava Nico Hulkenberg, que havia parado cedo para se livrar dos compostos macios. Max levou quatro voltas para ultrapassá-lo, novamente na curva 6.

Depois disso, precisou de mais duas voltas para passar Pierre Gasly. Na sequência, enfrentou Lewis Hamilton por cinco voltas até finalmente superá-lo com uma manobra dura na curva 4, que inclusive foi investigada pelos comissários.

Porém, naquele ponto, Verstappen já havia consumido toda a vantagem que os pneus novos poderiam oferecer.

Ele ainda conseguiu ultrapassar Isack Hadjar antes da segunda parada, na volta 48, mas voltou à pista atrás de Lawson. Dessa vez, não conseguiu realizar a ultrapassagem e cruzou a linha de chegada apenas em nono.

Falta de aderência e baixa temperatura dos pneus limitaram performance

No sábado, após classificação, Verstappen já havia dito que havia algo “fundamentalmente errado” com o RB21. No entanto, Marko apresentou uma explicação diferente: o problema estaria relacionado à dificuldade do carro em aquecer corretamente os pneus.

Segundo ele, tanto o acerto mecânico quanto o aerodinâmico não funcionaram para levar os compostos à faixa ideal de temperatura. Como resultado, tanto Verstappen quanto Tsunoda passaram o fim de semana inteiro reclamando de falta de aderência.

“Os pneus não funcionaram”, afirmou Marko. “Acredito que o problema seja específico desta pista. Se nossa análise estiver correta, não deve acontecer de novo”.

Contudo, ao ser questionado sobre essa explicação, Verstappen demonstrou ceticismo: “Ainda não sei. Parece uma justificativa fácil, mas vamos investigar melhor”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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