Stroll critica regras da F1 2026 e diz que grid está silenciado

Carro de Fórmula 1 2026

Lance Stroll não escondeu sua frustração com o novo regulamento da Fórmula 1 para 2026. Segundo o canadense, o esporte está perdendo sua essência ao priorizar demais a gestão de energia. E mais: para ele, muitos pilotos compartilham essa insatisfação, mas evitam falar por medo de retaliações políticas.

“É triste, se você quer saber”

Em entrevista coletiva antes do GP da Inglaterra, Stroll foi direto ao comentar suas impressões sobre o carro de 2026 no simulador.

“Acho meio triste, se você quer saber. Não sei se essas regras são empolgantes, portanto.”

O foco nas baterias e a consequente redução de downforce foram pontos centrais das críticas. Para ele, a categoria está se afastando daquilo que a tornou única.

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Mais ciência, menos corrida

Stroll lamentou que os carros tenham se tornado, nas palavras dele, um “projeto científico de energia”.

“Queria ver carros leves, ágeis e com muita pressão aerodinâmica. Simples, rápidos e barulhentos. Isso é corrida.”

O piloto acredita que, em 2026, o que definirá o sucesso será quem conseguir gerenciar melhor a energia — o que, segundo ele, distorce o espírito da competição.

Silêncio por conveniência

Stroll foi além: sugeriu que outros pilotos pensam como ele, mas preferem não se manifestar publicamente.

“Muitos concordam comigo. Só que não podem falar por motivos políticos.”

Ele ressaltou que, se tiver um carro competitivo, aceitará as novas regras. Mas deixou claro que, no momento, não aprova a direção que a F1 está tomando.

Leclerc reforça críticas, mas com cautela

Charles Leclerc também se mostrou cético em relação ao regulamento de 2026. No GP da Áustria, o piloto da Ferrari disse que os novos carros são menos prazerosos de guiar.

“Não sou fã. Os carros de 2026 são bem diferentes e menos interessantes para nós, pilotos.”

Leclerc, no entanto, minimizou os rumores de que a Ferrari estaria sofrendo nos testes. Ele reforçou que sua crítica não era específica ao desempenho da equipe.

“Ainda encontro motivação. Se formos competitivos, vou começar a gostar. Se não, provavelmente vou odiar.”

Visão mais otimista em Grove

Do outro lado da balança, James Vowles, chefe da Williams, vê com bons olhos o futuro da F1. Para ele, as regras de 2026 oferecem oportunidades valiosas para as equipes e podem equilibrar o grid.

Mesmo assim, as críticas dos pilotos — especialmente de nomes como Stroll e Leclerc — mostram que a FIA ainda precisa trabalhar na aceitação do novo formato dentro do próprio paddock.