FIA descarta equalização para motores da F1 em 2026

sexta-feira, 18 de julho de 2025 às 15:00

Mercedes

A Fórmula 1 está prestes a entrar em uma nova era com a introdução das unidades de potência de 2026. No entanto, uma questão paira no paddock: e se houver desequilíbrio entre os fabricantes? Segundo a FIA, mesmo que diferenças significativas de desempenho surjam, não haverá Balance of Performance (BoP) para equilibrar a disputa.

Mercedes avança; Red Bull gera dúvidas

De acordo com informações dos bastidores, a Mercedes está com seu projeto de motor 2026 sob controle. A fabricante trabalha com confiança rumo à nova regulamentação técnica. Por outro lado, o mesmo não se pode dizer da Red Bull Powertrains. O projeto interno da equipe austríaca ainda levanta preocupações, principalmente pela complexidade envolvida no desenvolvimento de sua primeira unidade de potência independente.

Essa incerteza gerou rumores sobre uma possível intervenção da FIA para impedir um abismo de desempenho entre os fornecedores. No entanto, o próprio diretor de monopostos da federação, Nikolas Tombazis, foi direto ao ser questionado pelo site The Race:

“Definitivamente isso não vai acontecer.”

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O que é o Balance of Performance?

O Balance of Performance é um mecanismo comum em categorias como WEC, DTM e IMSA. Ele busca nivelar o desempenho dos carros com ajustes artificiais, como a adição de peso extra aos modelos mais rápidos. O objetivo é garantir competitividade entre diferentes fabricantes, especialmente quando os carros são derivados de modelos de rua com características técnicas distintas.

Tombazis explicou:
“O BoP, em outras categorias — e não estou dizendo isso de forma negativa — tenta igualar a performance dos carros de forma artificial. Isso faz sentido em campeonatos onde os carros têm origem em modelos de rua.”

F1 segue outro caminho

Para o dirigente da FIA, esse tipo de artifício não se aplica à Fórmula 1. A categoria é baseada na busca por excelência técnica e inovação. Portanto, permitir que a performance seja artificialmente ajustada contrariaria o DNA da F1.

“No caso de Le Mans, por exemplo, o BoP é necessário. Mas na F1, isso não faz sentido,” reforçou Tombazis.

Novos nomes no grid: Audi, Ford e Cadillac

A temporada de 2026 marcará a estreia de novos fornecedores de motores. Audi e Ford chegam com projetos próprios, enquanto a Cadillac, apoiada pela General Motors, ainda utilizará motores Ferrari em seus primeiros anos.

Com isso, o grid ganhará diversidade tecnológica, mas também o risco de desequilíbrio. Ainda assim, a FIA aposta no regulamento técnico e nos limites de orçamento para manter a competição justa — sem recorrer a artifícios como o BoP.

EB - www.autoracing.com.br

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