Antonelli tenta reagir após sequência desastrosa
segunda-feira, 14 de julho de 2025 às 17:32
Kimi Antonelli
Fase ruim de Antonelli ameaça boa estreia na Mercedes
O estreante mais aguardado da Fórmula 1 em muitos anos vive um momento delicado. Kimi Antonelli tenta reencontrar o caminho após uma série de resultados decepcionantes em sua primeira temporada pela Mercedes.
Apesar do pódio no GP do Canadá, essa foi sua única pontuação nos últimos seis GPs. Essa fase contrasta com o início encorajador do jovem italiano, que chegou à F1 cercado de expectativa. Embora tenha ficado atrás do companheiro de equipe George Russell nas primeiras provas, Antonelli ainda mostrou velocidade e consistência. Além disso, conquistou uma pole histórica em Miami.
É claro que qualquer comparação com o lendário primeiro ano de Lewis Hamilton é inevitável. Em 2007, Hamilton chegou à McLaren como novato e, logo de cara, duelou de igual para igual contra nada menos que Fernando Alonso no auge. Ele marcou nove pódios consecutivos em suas nove primeiras corridas e quase venceu o campeonato. Esse desempenho criou um padrão praticamente inalcançável para qualquer estreante — inclusive para Antonelli.

Mesmo assim, o italiano teve um início promissor. Nos seis primeiros GPs, somou cinco resultados no top 6, além da pole em Miami. No entanto, a temporada europeia, que deveria consolidar seu crescimento, virou um pesadelo.
Quando tudo começou a desandar
A primeira rodada tripla da temporada derrubou o embalo de Antonelli. Em Ímola, foi eliminado no Q2 e abandonou a corrida por falha no acelerador. Em seguida, cometeu um erro na classificação em Mônaco e cruzou a linha de chegada três voltas atrás. Já em Barcelona, um problema na pressão do óleo causou novo abandono, mesmo após corrida sólida até então.
No Canadá, enfim, brilhou: largou em quarto e finalizou em terceiro, somando seu único pódio até agora. Mas a esperança durou pouco. Nos GPs seguintes, o italiano voltou a enfrentar dificuldades. Nos GPs da Áustria e da Inglaterra, completou apenas 23 voltas. Na primeira, errou sozinho em disputa com Verstappen. Na segunda, foi atingido por Isack Hadjar, sem qualquer culpa.
O saldo? Apenas 15 pontos nas últimas seis provas. Portanto, após o abandono em Silverstone, Antonelli desabafou:
“Parece que tudo está dando errado. Estou tentando, mas está difícil encontrar pontos positivos.”
“Definitivamente não estou passando por um bom momento.”
A diferença para Russell e os outros novatos
É natural que um estreante enfrente dificuldades. Antonelli reconhece que tem “corrigido demais o carro” desde o acidente no TL1 em Monza no ano passado. Overdrive ou cautela excessiva afeta sua performance geral.
De fato, ele costuma começar os finais de semana com ritmo lento. Em seguida, força demais para compensar na classificação. O resultado é claro: George Russell o superou em 12 de 14 sessões classificatórias, com média de 0s310 por volta.
Mesmo assim, essa diferença não é absurda. Estreantes como Ollie Bearman e Gabriel Bortoleto também enfrentam desafios semelhantes. Suas médias de qualificação estão apenas um décimo atrás de Ocon e Hulkenberg, companheiros mais experientes.
Além disso, vale lembrar que Russell é um dos três melhores pilotos da atual temporada. Portanto, comparar Antonelli diretamente com ele exige cautela.
Russell soma 147 pontos e cinco pódios, incluindo uma vitória. Já Antonelli tem 63 pontos e um único terceiro lugar. Mesmo assim, ele foi responsável por 30% da pontuação da Mercedes em 2025. Isso mostra que ele ainda contribui, mesmo que abaixo do esperado.
Contudo, é fato que ainda não impôs pressão real sobre Russell. Muitos esperavam mais equilíbrio interno entre os dois pilotos, especialmente após o hype gerado pela ascensão meteórica de Hamilton em 2007.
Ainda há luz no fim do túnel?
Apesar dos erros, Antonelli já demonstrou lampejos de genialidade. Em Miami, colocou Russell contra a parede. Faltou apenas execução para transformar o ritmo em vitória dentro da equipe.
Agora, o circuito de Spa representa uma boa chance de virada. A pista belga terá Sprint e costuma favorecer seu estilo. Aliás, ele já brilhou por lá na F2, com direito a manobra memorável sobre Colapinto na Eau Rouge.
Bold, brave, and brilliant 🙌
Kimi Antonelli’s Spa send secured the Dallara Award for Best Overtaking Manoeuvre!#F2 #RoadToF1 pic.twitter.com/Tt90Yv2g17
— Formula 2 (@Formula2) December 27, 2024
Para Toto Wolff, a chave é voltar ao básico.
“Foi uma sequência abaixo da média. Precisamos retornar à nossa linha de base. Ele é um grande piloto, há um motivo para estar aqui.”
Wolff também destacou a necessidade de simplificar os processos internos da Mercedes.
“Há muita informação caindo sobre ele. Talvez estejamos pensando demais. É hora de simplificar.”
Conclusão: hora de reencontrar a consistência
Kimi Antonelli ainda tem margem para crescer. A pressão é enorme, mas o talento está lá. Se conseguir transformar velocidade bruta em regularidade, poderá retomar o protagonismo e justificar por que a Mercedes o escolheu como sucessor de Hamilton.
O segundo semestre da temporada está prestes a começar. Portanto, a chance de Antonelli reverter esse cenário ainda está em suas mãos.e cenário ainda está em suas mãos.
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