Horner perdeu seu cargo na Red Bull após reunião secreta

segunda-feira, 14 de julho de 2025 às 13:58

Helmut Marko e Christian Horner

Encontro secreto definiu saída de Horner

Christian Horner perdeu o comando da Red Bull após uma reunião confidencial realizada em Londres, segundo revelou o jornal alemão Bild. O encontro aconteceu na terça-feira anterior ao GP da Inglaterra, em um hotel da capital britânica.

Esse momento marcou o ponto final de uma gestão que já vinha sendo pressionada por crises internas.

Red Bull encerra gestão histórica de 20 anos

No dia seguinte à reunião, a Red Bull anunciou oficialmente a saída de Horner do cargo de chefe de equipe e também da posição de CEO. Com isso, terminou uma trajetória de duas décadas no comando da equipe, a mais longa da história recente da Fórmula 1.

Na sequência, Laurent Mekies — até então responsável pela Racing Bulls — foi nomeado como substituto imediato.

Decisão começou nos bastidores do GP da Áustria

Apesar de o encontro em Londres ter selado a mudança, o plano para remover Horner começou ainda no GP da Áustria. Na ocasião, o CEO da Red Bull, Oliver Mintzlaff, se reuniu em Spielberg com os principais acionistas da empresa: Mark Mateschitz e Chalerm Yoovidhya.

Logo depois dessa conversa, uma videoconferência foi realizada. Durante essa chamada, os envolvidos confirmaram a decisão final de afastar Horner.

Yoovidhya rompeu apoio após recusa de Horner

Até o início de 2024, Chalerm Yoovidhya era o maior defensor de Horner dentro da estrutura da Red Bull. No entanto, o cenário mudou drasticamente.

Segundo o Bild, Horner demonstrou pouco interesse em expandir suas funções para outras áreas estratégicas da equipe. Ele se recusou a liderar setores como marketing, operações técnicas e também o desenvolvimento do motor para 2026.

Como resultado, Yoovidhya passou a considerar sua saída como necessária.

Ausência de Verstappen agravou a crise

Outro indicativo da crise interna ficou evidente antes do GP da Inglaterra. Tanto Max Verstappen quanto Yoovidhya não participaram do tradicional evento de “tiro ao prato”, promovido anualmente pela equipe.

Esse tipo de ausência raramente ocorre e, por isso, reforçou a percepção de que ambos já haviam se afastado de Horner.

Além disso, Jos Verstappen, pai de Max, havia feito críticas públicas ao dirigente, o que aumentou ainda mais a tensão nos bastidores.

Mudança tenta conter ameaça da Mercedes

Com o ambiente interno abalado, os acionistas optaram por agir. Muitos analistas acreditam que a saída de Horner também serviu para evitar a saída de Verstappen.

Rumores sobre uma possível mudança para a Mercedes vinham crescendo. Por isso, a demissão pode ser interpretada como um gesto direto para manter o tricampeão mundial dentro da estrutura da Red Bull.

A pressão do “grupo Verstappen”, como alguns chamam, já vinha indicando desconforto com a atual gestão. Assim, a troca na liderança buscou restaurar o equilíbrio político da equipe.

AS - www.autoracing.com.br

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