Steiner critica punição a Piastri em Silverstone

Oscar Piastri e Max Verstappen

Polêmica após a relargada sob Safety Car em Silverstone

Apesar da turbulência fora das pistas — causada pela demissão repentina de Christian Horner da Red Bull —, o que aconteceu em Silverstone ainda rende discussões intensas. A punição a Oscar Piastri, por exemplo, se tornou um dos tópicos mais comentados do paddock.

Durante o Safety Car, o piloto da McLaren freou de maneira brusca, surpreendendo Max Verstappen, que precisou desviar rapidamente para evitar uma colisão. Embora muitos esperassem uma advertência para Verstappen, os comissários optaram por penalizar Piastri com 10 segundos, o que dividiu opiniões.

Steiner questiona a decisão: “Não houve direção errática”

Em entrevista ao podcast Red Flag, Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, deixou clara sua insatisfação com a penalidade. Segundo ele, os dados públicos disponíveis indicam que a manobra de Piastri não fugiu do padrão.

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“O que eu vi nos dados — embora não tenha acesso aos oficiais — é que Oscar não fez nada muito diferente da primeira vez que o Safety Car entrou. A diferença, neste caso, foi que Max vinha em velocidade muito maior. Por isso, tudo pareceu mais dramático.”

Ainda assim, Steiner foi direto: não cabe aos comissários julgarem com base em impressões visuais.

“Os comissários devem se guiar pelos fatos, não pelo drama. É isso que garante justiça nas decisões.”

“Piastri apenas se preparou para relargar”

Além disso, Steiner destacou que Piastri agiu como qualquer piloto experiente agiria naquela situação.

“Ele apenas estava tentando se posicionar da melhor forma possível para a relargada. Isso é parte essencial do trabalho de um piloto. Ele não está ali para facilitar a vida de quem vem atrás.”

Portanto, na visão do ex-dirigente da Haas, Piastri foi punido de forma injusta. Embora admita que o movimento poderia ter sido um pouco mais suave, ele nega que tenha havido qualquer atitude perigosa ou antidesportiva.

“Tudo conspirou contra o Oscar. Poderia ter sido mais suave? Sim. Mas direção errática? Em absoluto.”

Crítica à falta de advertência prévia

Outro ponto levantado por Steiner foi a ausência de um aviso anterior. Segundo ele, se os comissários realmente viram algo de errado na primeira ocorrência, deveriam ter agido naquele momento.

“Se eles não gostaram da primeira vez, era simples: avisavam o piloto. Diziam algo como: ‘Você está no limite. Não repita isso.’”

“No entanto, punir com 10 segundos numa segunda ocorrência, sem aviso? É pesado demais.”

Penalização desproporcional gera desconforto

Por fim, Steiner fez uma comparação contundente. A mesma punição de 10 segundos é aplicada a pilotos que causam colisões intencionais. Para ele, isso mostra o desequilíbrio da decisão.

“Dar 10 segundos para algo assim — o mesmo tempo que alguém leva por tirar outro piloto da corrida de propósito — não faz sentido algum. Não foi a decisão certa.”