Ferrari deve seguir Leclerc ou ouvir Hamilton?
sexta-feira, 11 de julho de 2025 às 15:20Desde 2020, Charles Leclerc vem sendo a principal referência técnica da Ferrari. A equipe baseia grande parte do desenvolvimento de seus carros no feedback do monegasco. No entanto, mesmo com sua liderança, a Scuderia ainda não conseguiu se firmar como uma real candidata ao título.
Agora, com a chegada de Lewis Hamilton para 2025 e uma nova era técnica em 2026, surgem dúvidas inevitáveis: a Ferrari deve continuar ouvindo Leclerc ou é hora de mudar o foco para o heptacampeão?
Leclerc lidera o desenvolvimento, mas o título segue distante
Apesar de Leclerc não ser o responsável direto pelos projetos, sua atuação tem influência significativa no caminho técnico adotado pela equipe. Afinal, pilotos de alto nível não apenas aceleram — eles também moldam a performance do carro junto aos engenheiros.
Portanto, o piloto que guia uma equipe rumo ao título precisa ter voz ativa nas decisões. E, até aqui, o retorno desse processo tem sido limitado em termos de resultados concretos para a Ferrari.

Montoya sugere que Ferrari siga Hamilton
Segundo o ex-piloto Juan Pablo Montoya, a equipe italiana deveria considerar mudar sua abordagem. Em sua visão, Hamilton possui a experiência necessária para liderar a equipe em um momento tão delicado.
Além disso, o próprio britânico revelou que não teve qualquer participação no desenvolvimento do carro atual, o que levanta uma possibilidade clara: será que a Ferrari já está preparando terreno para focar no input de Hamilton em 2026?
Leclerc rebate e garante estar tranquilo
Durante o GP da Áustria, Leclerc foi questionado sobre a possibilidade de perder espaço na influência técnica dentro da equipe. Contudo, sua resposta foi direta e sem sinal de desconforto:
“Não estou nem um pouco preocupado. Isso sempre gera muita discussão fora da equipe, mas internamente temos todas as ferramentas para adaptar o carro ao meu estilo ou ao do Lewis.”
Ou seja, para Leclerc, a convivência técnica entre dois estilos diferentes de pilotagem não é um problema.
Tecnologia atual facilita adaptação do carro
Além disso, o monegasco argumenta que a Fórmula 1 moderna oferece condições técnicas muito mais flexíveis. Dessa forma, é possível personalizar o acerto do carro sem depender tanto da filosofia de construção do projeto.
“Hoje, o que importa é termos o carro mais rápido. Depois disso, cada um adapta como preferir.”
Ele prosseguiu explicando que, diferentemente de 10 ou 15 anos atrás, os pilotos agora contam com ferramentas que permitem ajustes de equilíbrio com precisão. Portanto, não há motivo para alarme.
“Antigamente, se você não se encaixasse no carro, ficava preso. Agora, não é mais assim. Temos liberdade total para moldar o carro ao nosso jeito.”
Silverstone foi mais um fim de semana turbulento
Apesar do discurso calmo, o desempenho em Silverstone mostrou que Leclerc ainda enfrenta dificuldades para transformar seu papel de líder técnico em resultados sólidos.
Na classificação, errou nos momentos decisivos e deixou escapar um bom tempo de volta. Depois, no domingo, sua própria decisão de parar cedo nos boxes arruinou a corrida. Ainda assim, Leclerc cobrou a equipe publicamente após a prova, pedindo explicações pela estratégia.
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