Christian Horner mira nova equipe após saída da Red Bull

quinta-feira, 10 de julho de 2025 às 18:30

Christian Horner

Christian Horner ainda tem contrato com a Red Bull, mesmo após ser dispensado do cargo de chefe da equipe de Fórmula 1. No entanto, sua saída definitiva é apenas questão de tempo. A partir desse momento, ele estará livre para abraçar um novo projeto — contanto que ofereça o nível de controle que ele considera indispensável.

Horner já recusou a Ferrari no passado

A Ferrari já tentou seduzir Horner no passado com uma proposta para liderar sua equipe de F1. Na época, ele recusou, motivado por seu vínculo sólido com a Red Bull. Mas com a ruptura recente, esse cenário mudou. Agora, a chance de vê-lo em outra escuderia é real e bem mais palpável.

Fontes indicam que Horner não tem pressa. Após 18 meses turbulentos — tanto no lado profissional quanto no pessoal — ele optou por passar um tempo longe do paddock. Mesmo assim, seu nome segue em alta no grid, especialmente entre equipes que cogitam mudanças no comando técnico e estratégico.

Quero Autoracing VIP

Estabilidade na liderança: o que Horner pensa

No último GP da Inglaterra, Horner comentou sobre os desafios que um chefe enfrenta em uma equipe como a Ferrari, respondendo a perguntas relacionadas ao desempenho de Fred Vasseur.

“Em qualquer organização, a estabilidade é extremamente importante. Tivemos 21 anos disso, e isso gerou os resultados que alcançamos”, afirmou Horner.

Apesar de elogiar a competência técnica de Vasseur, Horner destacou as pressões únicas que a Ferrari impõe por ser considerada uma equipe nacional. Ele afirmou que o francês ainda precisa de tempo para implementar a cultura certa, os processos e pessoas ideais.

Ferrari, Alpine ou Aston Martin?

É improvável que Horner tenha feito tais comentários se estivesse de olho no lugar de Vasseur. Mas ele conhece bem os bastidores de Maranello. Quando John Elkann tentou levá-lo para a Scuderia três anos atrás, Horner recusou pela lealdade à Red Bull — um fator que, agora, deixou de existir.

Caso Fred Vasseur não continue na Ferrari, Horner pode voltar ao radar. Mas exigiria garantias de autonomia total, algo raro na estrutura de poder da Ferrari.

Outro destino possível seria a Alpine, caso a Renault deseje afastar Flavio Briatore no futuro. Horner é o oposto do estilo caótico de Briatore e já teve problemas com figuras semelhantes, como Helmut Marko. Ele só consideraria a Alpine se tivesse liberdade para comandar o projeto e se reportar diretamente à diretoria da montadora.

Na Aston Martin, a situação pode ser ainda mais interessante. Lawrence Stroll já declarou publicamente sua admiração por Horner. Além disso, o atual chefe, Andy Cowell, não tem experiência prévia na função. E se o relacionamento com Adrian Newey tiver terminado de forma amigável – algo que nunca vaio a público -, a Aston Martin pode ter vantagem na corrida por Horner.

O peso das novas regras de 2026

Com as novas regras técnicas e de motores chegando em 2026, o momento da movimentação de Horner pode estar diretamente ligado à performance das equipes em adaptar-se a esse novo cenário. Caso alguma equipe erre a mão, seus dirigentes buscarão soluções rápidas — e Horner pode ser exatamente a resposta.

A janela ideal para uma mudança de liderança será no início da temporada 2026, quando a diferença entre acertos e erros técnicos se tornará clara e o mercado de pilotos estará igualmente agitado.

O legado de Horner vai além das pistas

Na Red Bull, Horner não era apenas o chefe de equipe. Como CEO, ele foi peça-chave na expansão da estrutura corporativa da equipe. Liderou o projeto da Red Bull Powertrains, garantindo uma transição sólida após a saída da Honda e preparando o terreno para o motor próprio que será usado a partir de 2026.

Essa busca por autonomia foi, ironicamente, o que acabou gerando desconforto na sede da Red Bull. Após a morte de Dietrich Mateschitz, a nova gestão passou a desconfiar do grau de independência que Horner havia consolidado. A estrutura altamente centralizada que ele tanto defendia já não era mais compatível com a nova filosofia da empresa.

Um modelo replicável?

Mesmo com sua saída, o modelo de liderança de Horner segue sendo um exemplo. Sua estrutura clara e compacta, com uma cadeia de comando eficiente, produziu resultados dentro e fora da pista.

“Temos uma alta gerência muito enxuta, uma estrutura muito forte. Não sentimos necessidade de mudar”, declarou Horner em Silverstone.

Embora essa filosofia já não seja bem-vinda na Red Bull, ela pode ser exatamente o que outras equipes procuram. Especialmente aquelas que ainda não conseguiram alcançar o nível de excelência desejado.

AS - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.