Hamilton pressiona Ferrari por liberdade estratégica

quinta-feira, 3 de julho de 2025 às 18:18

Lewis Hamilton

Hamilton pressiona Ferrari por liberdade estratégica e participação do projeto de 2026

Lewis Hamilton deixou claro que não pretende se ver forçado a ignorar ordens estratégicas da Ferrari. O heptacampeão mundial deseja mais autonomia para tomar decisões táticas durante as corridas, especialmente, mas não unicamente após um episódio de discordância com a equipe no GP da Áustria.

Divergência no GP da Áustria

Durante o segundo stint da corrida em Spielberg, a Ferrari solicitou que Hamilton entrasse nos boxes para colocar o último jogo de pneus médios. No entanto, o britânico avaliou que seus pneus duros ainda estavam em boas condições. Por isso, ele quis permanecer na pista, apostando em uma estratégia de apenas uma parada.

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Apesar do argumento, a Ferrari optou por manter o plano original. Como resultado, Hamilton acatou a ordem e garantiu a quarta colocação — logo atrás de Charles Leclerc, que seguiu a mesma estratégia.

Ainda assim, Hamilton acredita que havia margem para um risco maior, principalmente se houvesse a entrada de um safety car nas voltas finais.

“Eles só queriam garantir o P3 e o P4, o que é compreensível”, explicou o piloto em Silverstone. “Mas eu disse: ‘Não corro para terminar onde larguei. Estou aqui para lutar por qualquer posição possível.’”

Estratégia engessada e necessidade de diálogo

A escolha por repetir exatamente a mesma estratégia de seu companheiro de equipe, segundo Hamilton, limitou suas chances de avançar. Ele sugeriu que a combinação de médios no início e meio da corrida, com duros no final, poderia ter funcionado melhor.

Além disso, o britânico ressaltou que, naquele trecho final, a Ferrari não estava sob pressão de adversários logo atrás. Por isso, ele não viu problema algum em arriscar.

“Eles disseram que eu seria ultrapassado pelo Charles no fim”, revelou. “Mas, por outro lado, um safety car poderia ter mudado completamente o cenário da corrida.”

Diante disso, Hamilton defendeu a importância de alinhar a abordagem da equipe antes do início das provas. Seu objetivo é evitar situações extremas no futuro.

“Não quero me ver ignorando uma ordem da equipe”, destacou. “Estamos trabalhando na comunicação. Ainda estamos nos conhecendo e tentando entender como operamos.”

Evolução técnica e acerto mais próximo de Leclerc

Enquanto isso, o desempenho na Áustria também marcou um avanço no entendimento técnico do carro para Hamilton. Além de utilizar o novo assoalho trazido pela Ferrari, ele revelou que passou a adotar um acerto de carro mais próximo do usado por Leclerc — o que ajudou a melhorar seu ritmo.

“Charles está na equipe há muito tempo, deu seu feedback e portanto conhece bem o carro”, afirmou. “Tentei seguir outras direções que pareciam promissoras, mas nenhuma funcionou de fato. Ao me aproximar do acerto dele, conseguimos um desempenho mais sólido.”

Ainda assim, Hamilton considera o carro difícil e desconfortável de pilotar. Portanto, ele já iniciou conversas com o diretor técnico Loic Serra para modificar características importantes no modelo de 2026.

Projeto 2026: Hamilton quer seu DNA no carro

Paralelamente ao trabalho nas pistas, Hamilton também está atuando nos bastidores da Ferrari. Seu objetivo é garantir que o carro de 2026 traga características alinhadas ao seu estilo de pilotagem — algo que considera fundamental para ter sucesso com a nova equipe.

“Estou colaborando com o Loic e com todo o pessoal da fábrica”, revelou. “Quero que o próximo carro tenha um pouco do meu DNA. A ideia é incorporar algumas características que realmente gosto.”

Com isso, Hamilton segue empenhado não só em conquistar melhores resultados nesta temporada, mas também em moldar o futuro técnico da Ferrari, com um carro que reflita sua experiência e preferências ao volante.

AS - www.autoracing.com.br

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