Russell: GP da Áustria foi “pior do que eu imaginava”

domingo, 29 de junho de 2025 às 14:09

George Russell

George Russell deixou claro: o Grande Prêmio da Áustria foi um fim de semana desastroso para a Mercedes.

Segundo o britânico, o conjunto de fatores negativos – que incluiu o calor extremo e o traçado abrasivo – criou aquilo que ele chamou de uma “tempestade perfeita”.

Embora a equipe tenha vencido no Canadá há duas semanas, a situação em Spielberg foi oposta. Assim que a temperatura da pista subiu, a performance do W15 despencou.

Desde os treinos, a Mercedes mostrava sinais de instabilidade. No entanto, as esperanças se voltaram para Russell após o abandono precoce de Andrea Kimi Antonelli na primeira volta, resultado de um toque com Max Verstappen.

Mesmo largando bem e ultrapassando Lewis Hamilton, Russell rapidamente perdeu ritmo. Logo depois, caiu para a quinta posição, terminando mais de meio minuto atrás do líder.

“Eu já esperava uma corrida ruim, mas foi ainda pior do que eu imaginava”, afirmou ele. “No Canadá, sem superaquecimento nos pneus, fomos os mais rápidos. Porém, aqui, com pista quente e desgastante, não tivemos chance”.

Transições de clima evidenciam vulnerabilidade do W15

Conforme as voltas avançavam e a pista esquentava, ficou evidente que o carro da Mercedes não lida bem com calor. Em outras palavras, o que funcionou no Canadá falhou completamente na Áustria.

De acordo com Russell, essa queda brusca de rendimento não é novidade, e apesar dos esforços internos, ainda está longe de ser resolvida.

“Temos estudado isso nos últimos seis meses”, explicou. “Existem ideias, claro, mas até agora não fizemos nenhum progresso concreto”.

Atualmente, a Mercedes aparece um ponto atrás da Ferrari no mundial de construtores. Além disso, a Red Bull não marcou pontos. Com isso, a equipe austríaca ficou ainda mais distante da líder McLaren, que segue dominando o campeonato com ampla vantagem.

Mesmo assim, Russell acredita que a Mercedes está extraindo o máximo possível do seu equipamento, corrida após corrida.

“Na maioria das provas, estamos maximizando tudo o que dá para tirar do carro. Hoje, o quinto lugar era o limite. Assim como na semana passada, quando o potencial era a vitória – e nós vencemos – hoje não dava para ir além disso”, resumiu.

Silverstone vira esperança com previsão de clima mais frio

Agora, a Mercedes deposita suas esperanças em Silverstone. Não por acaso, o circuito britânico traz boas lembranças para Russell. Foi lá que, em 2024, ele conquistou a pole, e Lewis Hamilton venceu sob temperaturas amenas. Assim, se o clima colaborar, a expectativa é de reação.

“Se for como no ano passado, com 20°C na pista, podemos ser competitivos”, projetou Russell. “Mas se fizer 31°C, como há duas semanas, esquece. Não teremos ritmo para lutar na frente”.

Ao ser informado de que a previsão aponta para temperaturas mais baixas, Russell não escondeu o otimismo.

“Brilhante. Silverstone tem um asfalto novo, o que nos favorece. E é uma pista de altíssima velocidade. Se o clima colaborar, temos chance real de andar bem”, finalizou.

 

LS - www.autoracing.com.br

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