Sainz explica sua eliminação no Q1 na Áustria

sábado, 28 de junho de 2025 às 14:36

Carlos Sainz

Carlos Sainz viveu mais um capítulo frustrante em sua trajetória com a Williams. O espanhol foi eliminado ainda no Q1 da classificação para o GP da Áustria e não poupou palavras: o FW47 estava simplesmente “inguiável”.

Desde o início da sessão, Sainz já relatava instabilidade no rádio. No fim do Q1, enquanto deixava o cockpit rumo à imprensa no paddock, a Williams confirmou danos no assoalho.

“Com certeza há danos no carro”, declarou ele. “Ele puxava nas freadas, estava sem downforce em alta velocidade. Inguiável”.

Problemas múltiplos: assoalho e freios comprometidos

De acordo com Sainz, não houve nenhuma escapada de pista ou erro visível que justificasse os danos.

Portanto, algo deve ter se soltado ou quebrado de forma inesperada durante a sessão. Como resultado, o carro perdeu eficiência aerodinâmica, principalmente nas curvas de alta velocidade.

“Devemos ter sofrido danos no assoalho. Não sei onde porque não saí da pista. Mas algo caiu e perdemos bastante pressão aerodinâmica”, explicou ele.

Além disso, os freios também apresentaram falhas desde os primeiros minutos da classificação. Sainz detalhou que, ao frear, o carro puxava violentamente para o lado, o que se agravava ainda mais nas freadas mais fortes do circuito austríaco.

“Com as três grandes zonas de freada aqui, sempre tive dificuldades. A cada volta, precisava corrigir demais o volante”.

Troca de freios piorou a situação

Curiosamente, os freios haviam sido trocados entre o TL3 e a classificação – procedimento habitual na Williams.

Entretanto, algo saiu errado. Como consequência, Sainz precisou compensar o desequilíbrio a cada curva, prejudicando não apenas sua confiança, mas também sua performance.

“Colocamos o que achamos ser um conjunto novo. Mas a força que eu precisava aplicar para manter o carro reto era absurda”.

Nas voltas finais, o problema ficou ainda mais evidente. A partir dali, Sainz percebeu que, além dos freios, também havia uma anomalia aerodinâmica crítica – o que foi posteriormente confirmado como danos no assoalho.

Diferença para Albon expôs o prejuízo

Enquanto isso, Alex Albon avançou para o Q2 com o mesmo equipamento. Para Sainz, esse contraste só reforça que o FW47 tinha velocidade para mais.

“Estivemos empatados o fim de semana inteiro. O Q2 era possível, com certeza. O Q3, com nossos problemas com os pneus macios, seria mais difícil – mas ainda assim possível”.

Aliás, a Williams já vinha demonstrando ritmo de corrida sólido durante os treinos livres. Contudo, a equipe segue enfrentando dificuldades para tirar o máximo dos pneus macios em voltas rápidas.

“Desde ontem, vimos que estamos competitivos em ritmo de corrida. Mas por algum motivo, os pneus macios não funcionam para nós”.

Largar dos boxes é opção em aberto

Diante de tantos problemas, surge a dúvida: largar dos boxes pode ser a melhor estratégia? Sainz não descarta a possibilidade. Porém, afirma que o foco precisa estar em entender os motivos por trás da queda de desempenho.

“Veremos. Não estou aqui só para correr por correr. Estou aqui para competir, então precisamos investigar o que está acontecendo”.

Sainz também reconheceu que a sequência recente de classificações ruins está afetando o moral. Apesar disso, reforçou que ainda confia no ritmo de corrida da Williams.

“Essa maré precisa virar. Temos de trabalhar juntos como equipe e entender como podemos melhorar – principalmente na classificação”.

Por fim, o espanhol deixou claro que o potencial está lá, mas a execução precisa ser ajustada urgentemente.

“Sempre que estou em condições normais, sou rápido. Só preciso que tudo funcione ao mesmo tempo”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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