Gasly buscou esclarecimentos após saída do CEO da Renault
sexta-feira, 27 de junho de 2025 às 10:49
Pierre Gasly
A saída repentina de Luca de Meo da Renault pegou muita gente de surpresa, inclusive Pierre Gasly. Afinal, o CEO não apenas foi o arquiteto da estratégia da Alpine na Fórmula 1, como também teve papel direto em sua contratação.
Agora, com De Meo deixando o grupo Renault para liderar a Gucci, o clima em Enstone naturalmente ficou mais tenso.
Além disso, De Meo foi o responsável por trazer de volta Flavio Briatore como consultor executivo na Fórmula 1, o que reacendeu especulações sobre mudanças internas. Portanto, era inevitável que Gasly buscasse clareza sobre seu futuro e o da equipe.
Logo após o GP do Canadá, o francês deixou claro que iria atrás de respostas. “Foi ele quem me trouxe para a equipe”, afirmou. “Preciso conversar com a gerência e entender exatamente o que essa mudança representa”.
Apesar de Briatore ter minimizado o impacto, dizendo que “nada muda”, Gasly decidiu verificar tudo por conta própria.
“Falei com todos ao telefone – Luca e também outras pessoas da gestão”, revelou ao jornal L’Équipe. “Queria confirmação sobre o projeto que abracei desde que entrei na Alpine”.
De acordo com o piloto, essas conversas não apenas aconteceram, como também foram extremamente produtivas. Embora não tenha entrado em detalhes, Gasly demonstrou estar satisfeito.
“As respostas que recebi foram bastante claras. E mesmo que eu não possa torná-las públicas, tudo está muito claro na minha cabeça. Isso é o mais importante”, explicou.
Ambiente interno, estabilidade e liderança
Naturalmente, as mudanças no topo da hierarquia geraram dúvidas dentro da equipe. E Gasly não esconde que o clima em Enstone foi impactado.
“Algumas pessoas estão fazendo perguntas, e isso é absolutamente legítimo”, reconheceu. “Mas Flavio já deu declarações públicas, e todos agora sabem o que esperar”.
Apesar da turbulência, o francês insistiu que o trabalho segue em ritmo normal. Segundo ele, nada mudou nos bastidores em relação ao foco e à missão da equipe.
“No fim das contas, isso não afeta nossa evolução técnica nem o trabalho diário. Continuamos totalmente comprometidos”.
Projetando 2026: Alpine aposta alto
Enquanto a temporada atual segue desafiadora, a Alpine já está com os olhos voltados para 2026. A mudança para os motores e câmbios fornecidos pela Mercedes é vista como ponto de virada, e Gasly acredita que a oportunidade pode recolocar a equipe na briga.
“A expectativa é sermos muito mais competitivos”, disse. “Acompanho de perto o desenvolvimento do carro de 2026, e por enquanto estamos satisfeitos com o progresso”.
Além disso, a posição ruim no campeonato em 2024 pode acabar gerando um benefício inesperado.
“Estar em 10º lugar nos dá mais horas de túnel de vento. Isso, se bem utilizado, pode virar vantagem. Ainda temos seis meses de desenvolvimento, e queremos chegar aos testes com um carro dentro da janela de performance ideal”.
Vale lembrar que os primeiros testes com os carros da nova era técnica da F1 estão programados para janeiro de 2026.
Colapinto sob pressão, mas com apoio
Por fim, Gasly também comentou o desempenho de Franco Colapinto, que assumiu o posto de Jack Doohan e ainda não engrenou.
“Primeiro, você é aplaudido. Depois, já está sendo criticado. Isso muda muito rápido na F1”, afirmou ao Kronen Zeitung. “Mas vejo Franco como um cara maduro, centrado no essencial. Nosso relacionamento é muito bom”.
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