Hamilton na Ferrari: Wolff Abre o Jogo Sobre Amizade e os Desafios de Adaptação

sábado, 21 de junho de 2025 às 16:40

Toto Wolff e Lewis Hamilton

A bomba de janeiro, que abalou o mundo da Fórmula 1, finalmente se concretizou: Lewis Hamilton vestiu o macacão vermelho da Ferrari. Após mais de uma década e incontáveis triunfos com a Mercedes, o heptacampeão mundial embarcou em sua nova jornada com a Scuderia. Agora, Toto Wolff, seu ex-chefe de equipe e amigo de longa data, quebra o silêncio sobre a transição e a relação que perdura.

Amizade Acima da Rivalidade na Pista

Em um bate-papo revelador no podcast Bloomberg Hot Pursuit!, Wolff não hesitou em sublinhar a amizade inabalável com Hamilton, mesmo com a rivalidade agora acirrada na pista.

“Sempre sentimos falta de uma pessoa como Lewis Hamilton. Como já disse, ainda somos amigos próximos. Demos nossa palavra um ao outro de que manteremos essa amizade forte”, afirmou o austríaco. Ele continuou: “Na pista, lutamos duro, sem luvas, porque precisamos lutar por nossas respectivas equipes. Essa é a regra do jogo para nós.”

Sobretudo, Wolff detalhou a convivência fora do circuito, mostrando que a conexão vai muito além do profissional. “Fora da pista, passamos um tempo juntos, viajamos. Não quero perder o amigo que tenho há tantos anos”, revelou, destacando a profundidade do vínculo.

A Curva de Aprendizagem de Hamilton na Ferrari: A Visão de Wolff

Desde sua chegada em Maranello, o início de Hamilton na Ferrari gerou intensas discussões. Até o momento, o britânico só pisou no pódio em duas corridas Sprint: venceu na China e terminou em terceiro em Miami. Muitos fãs e especialistas se questionam sobre o ritmo de adaptação do piloto ao novo ambiente.

Wolff, com sua vasta experiência em gerenciar talentos de elite, oferece uma perspectiva ponderada sobre o desempenho atual de Hamilton. “Não se desaprende a pilotar tão rápido assim. Em 2021, ele era excepcional. Depois, o regulamento mudou e ficou um pouco mais difícil, mas ele ainda performava em um nível altíssimo. Simplesmente mudar de equipe não faz você perder suas habilidades”, explicou o chefe da Mercedes.

Ele enfatizou, portanto, a necessidade de um período de aclimatação para qualquer piloto em um novo time. “Acredito que todos precisam de um período de adaptação. É um carro diferente, com um DNA de pilotagem distinto, e uma nova equipe de engenheiros com a qual você precisa começar a trabalhar junto.”

O austríaco ainda fez uma observação crucial sobre a dinâmica cultural da equipe italiana e a origem britânica de Hamilton. “É uma equipe totalmente italiana; ele é um britânico ‘paraquedado’ lá, e isso leva tempo”, acrescentou Wolff. Essa declaração ganha peso extra diante de várias notícias sobre supostas dificuldades de comunicação de Hamilton com seu engenheiro de corrida, Riccardo Adami, e a percepção de que suas sugestões não estariam sendo totalmente consideradas pela equipe.

Wolff, que conhece bem o estilo de Hamilton, aposta que o heptacampeão sempre entrega seus melhores resultados na segunda metade da temporada. Será que essa previsão se concretizará na Ferrari? O paddock aguarda ansiosamente, portanto, para ver o verdadeiro Lewis Hamilton emergir nas próximas corridas.

EB - www.autoracing.com.br

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