Obras finalmente começam no circuito de Madri

Circuito de Madri

O rugido dos motores da Fórmula 1 em Madri, em 2026, está agora um passo mais perto da realidade. De fato, as obras no local do novo circuito na capital espanhola finalmente foram iniciadas, um marco importante para o evento. Além disso, o GP de Madri já possui um contrato de longo prazo e, a partir de 2026, assumirá o cobiçado título de Grande Prêmio da Espanha, anteriormente de Barcelona.

Obras em Ritmo Acelerado

Apesar dos questionamentos persistentes sobre a viabilidade da pista ser concluída a tempo, a movimentação no local do futuro circuito, apelidado de “Madring”, é inegável. Prova disso é que, na última quinta-feira, a mídia espanhola pôde constatar o progresso inicial.

Segundo informações do jornal Marca, 85 trabalhadores e cerca de 50 máquinas, incluindo caminhões e escavadeiras, já estão em ação. Ademais, a expectativa é que essa força de trabalho seja ampliada para quase 500 profissionais no próximo período, mostrando o comprometimento com o cronograma.

Cronograma Apertado, Mas Confiante

As dúvidas sobre a prontidão do circuito de rua para sua estreia planejada em 2026 não são infundadas. Tanto a F1 quanto a FIA admitem que Madri está “sujeita à homologação do circuito pela FIA”, o que indica a necessidade de rigorosos testes e aprovações. Para ilustrar as preocupações, o jornal Bild chegou a noticiar no início de junho que “muitos duvidam que o circuito de rua esteja pronto a tempo”.

Inclusive, o próprio Stefano Domenicali, CEO da F1, reforçou a cautela, afirmando que Imola é a primeira alternativa caso Madri não cumpra o prazo. Ele declarou: “Se por algum motivo um local falhar, retornaremos a Imola com nossos carros e pilotos”.

No entanto, Luis Garcia Abad, gerente geral do projeto Madring e ex-empresário de longa data de Fernando Alonso, mostra otimismo. Em entrevista à agência de notícias EFE, ele garantiu que o local estará concluído com bastante antecedência para o GP da Espanha de 2026, previsto para meados de setembro. “30 de maio”, anunciou ele, referindo-se à data prevista para a conclusão das obras.

Homologação: Procedimento Padrão e o Asfalto Vermelho?

Garcia Abad esclareceu que a homologação final da pista ocorrerá apenas durante a semana do GP, um “procedimento padrão”, segundo ele. Além disso, haverá mais duas visitas oficiais da FIA durante o processo de construção para monitorar o andamento e garantir a conformidade.

O projeto, ele reconhece, é “complicado”, envolvendo cerca de 70.000 metros quadrados de asfalto. Contudo, Garcia Abad minimiza a complexidade ao comparar com outras construções. “Se você comparar com outros tipos de construção, como qualquer estrada ou rodovia, não será grande coisa. Também começamos mais cedo do que pensávamos”, explicou.

Uma curiosidade levantada pelo gerente é a possibilidade de a superfície da pista ter uma tonalidade vermelha em vez do tradicional preto. “Não desistimos do pigmento”, revelou Garcia Abad. “Vamos tentar usar o mais sustentável de todos. O vermelho esquenta menos que o preto, mas também tem menos aderência. Precisaremos estudar tudo com cuidado”.