Vasseur ataca imprensa e acusa mídia de sabotar a Ferrari
domingo, 15 de junho de 2025 às 10:00O chefe da equipe Ferrari, Frédéric Vasseur, voltou a criticar a imprensa especializada em Fórmula 1, acusando jornalistas de disseminarem rumores infundados que, segundo ele, apenas contribuem para desestabilizar a escuderia. Durante o fim de semana do GP do Canadá, o francês demonstrou clara insatisfação com a repercussão de boatos sobre sua permanência no cargo e sobre supostos atritos internos na equipe de Maranello.
Vasseur, que assumiu a Ferrari em 2023 com um contrato de três anos, tornou-se alvo de especulações recentes que apontam para uma possível instabilidade em sua posição – principalmente após a veiculação de matérias por veículos como La Gazzetta dello Sport, Corriere della Sera e Corriere dello Sport.
“Estão tentando sabotar a equipe”, diz Vasseur
Em entrevista à Canal Plus, Vasseur foi enfático ao condenar o que considera um jornalismo sensacionalista e nocivo ao ambiente da Ferrari.
“A única explicação possível é que são jornalistas tentando ganhar notoriedade ou desestabilizar a equipe. Ou talvez ambos. Pode ser que esse seja o único modo de existirem, com esses cliques. Mas isso realmente prejudica a equipe.”
Segundo ele, desde a chegada ao Canadá, o foco da cobertura tem sido quase exclusivamente esses rumores – o que, em sua visão, mina os esforços da equipe dentro das pistas.
Impacto vai além do cargo de chefe de equipe
O francês afirmou que não se incomoda apenas com os boatos a seu respeito, mas sim com as consequências mais amplas dessas especulações, como possíveis efeitos sobre os pilotos e o moral interno.
“Quando inventam contratações, dizem que o Charles [Leclerc] vai para a Mercedes no próximo ano, isso não ajuda em nada. Se a ideia é apoiar a equipe ou ao menos se aproximar dela, é um fracasso total.”
Ele também fez um desabafo enigmático sobre a persistência dos problemas da Ferrari ao longo dos anos:
“Já trocamos o chefe de equipe, trocamos os pilotos, mudamos praticamente tudo. Exceto uma coisa.”
Embora não tenha especificado o que seria esse “único elemento imutável”, a declaração sugere que Vasseur enxerga obstáculos estruturais profundos dentro da Scuderia.
“Não estou aqui para ficar a vida toda”, afirma o francês
Comparando sua função à de um técnico de futebol, Vasseur reconheceu que sua posição é, por natureza, frágil – algo com o qual já contava ao assumir o cargo.
“Sabemos que, quando se ocupa esse posto, seja na Ferrari ou em qualquer outra equipe, estamos expostos. Em média, três chefes de equipe mudam por temporada. Nunca imaginei que ficaria aqui por toda a vida.”
O dirigente reforçou que seu foco segue em desenvolver um projeto de longo prazo, mas foi categórico ao apontar que esse tipo de cobertura midiática pode comprometer seriamente qualquer chance de sucesso.
“Estou tentando construir algo, mas não vamos vencer um campeonato desse jeito. Certamente não com esse tipo de jornalista ao nosso redor.”
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